A equipe da Folha encontrou resistência nesta segunda-feira (12/06) no 5º Batalhão de Polícia Militar para fazer a cobertura da reunião de vereadores policiais militares com o comandante da PM em Londrina, tenente-coronel Robenson Máximo Fim. O grupo de vereadores veio interceder pelos policiais que estariam sofrendo retaliações depois do protestos das esposas.
O comandante do 5º BPM, procurado pela repórter, desconversou sobre o teor da reunião, mas deu a entender que as retaliações podem acontecer. Fim disse que as punições são como o clima, suscetíveis a alterações imprevistas. "Hoje o dia está claro, mas pode chover de repente", comparou, ironicamente. Fim se irritou com a repórter, que perguntou se PMs foram presos, depois de terem sido identificados em reportagens veiculadas há cerca de um mês. "Eu prendo e mando soltar e isso não é de sua conta. Isso é intra-corporis, diz respeito (interno) ao quartel", argumentou. Ele questionou qual seria o interesse da repórter. "Você tem marido PM preso?"
Segundo o tenente-coronel, não será a Folha que vai impedi-lo de prender policiais. Ele se declarou inconformado pelo fato de o jornal estar dando cobertura sobre as punições. Fim ameaçou reclamar à direção do jornal sobre o trabalho da repórter e declarou que ela está impedida de voltar ao quartel.
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No final da tarde, o Sindicato dos Jornalistas de Londrina divulgou nota de desagravo à repórter. "Em vez de responder às perguntas da jornalista, o comandante passou a agredi-la verbalmente, em desrespeito ao trabalho da profissional. O Sindicato dos Jornalistas repudia a atitude do comandante do 5º Batalhão e se solidariza com a jornalista Maranúbia Barbosa, que estava no exercício regular de direito e no cumprimento da função social de informar a sociedade", diz trecho da nota.