A família de Paulo Emílio de Farias Júnior, 21 anos, que faleceu no dia 16 de setembro, na Santa Casa de Londrina, está inconformada com a rapidez da morte do rapaz, em menos de 24 horas. O atestado de óbito dá como causa da morte septicemia e broncopneumonia. A família quer uma explicação sobre o que causou as complicações que o levaram à morte.
Flávio Vieira, irmão de Farias Jr., disse que ele estava no melhor da sua forma física. ''O que poderia ter matado meu irmão tão rápido? É isso que nós queremos que alguém esclareça'', desabafou. Na semana anterior à morte, o rapaz teve febre, vômito e diarréia. Esteve no hospital na sexta-feira, dia 13, fez exames e raio-X dos pulmões, que estavam limpos, foi medicado para os sintomas e liberado.
Na madrugada de segunda-feira, dia 16, o estado do jovem piorou e a família o levou de volta para a Santa Casa. ''Ele já estava com dificuldade para respirar. Assim que nós chegamos, ele foi entubado e levado para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva)'', contou Vieira. Por volta das 23 horas, Farias Jr. faleceu.
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O médico Antonio Carlos Petrus, que atendeu Farias Jr. na segunda-feira, disse que quando ele chegou ao hospital o estado geral já era bastante grave, com a pressão arterial muito baixa. ''Nós fizemos o que foi possível, mas a bactéria que o contaminou é muito agressiva.''
A família está preocupada com o fato de todos os sintomas apresentados por Farias Jr. serem muito parecidos aos provocados pela hantavirose, doença transmitida por ratos silvestres.
Vera Lúcia Vieira, mãe de Farias Jr., disse que se for necessário autoriza a exumação do corpo do filho. ''Era obrigação deles recolherem material para fazer exames. Um rapaz de 21 anos não pode morrer tão rápido. Eu quero saber do que meu filho morreu. Eles vão ter que me dar uma resposta'', afirmou.