O governo do Paraná estuda propostas para duplicar a PR-445 de Londrina a Mauá da Serra, em um trecho de 79,6 quilômetros. A intenção inicial seria copiar o modelo de Parceria Público-Privada (PPP) implantado na duplicação de pouco mais de 200 quilômetros na PR-323, de Maringá a Francisco Alves, no noroeste do estado, em que o Consórcio Rota 323 pretende investir R$ 7 bilhões por uma concessão de 30 anos.
No entanto, existe a possibilidade de utilizar financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para bancar a obra, excluindo a necessidade de cobrança de pedágio no trecho.
"Estamos estudando a PPP com o maior cuidado, analisando o tipo e a frequência de veículos que passam pelo local, o impacto na economia da região. Se não for este modelo, podemos pensar em outro caminho e incluir no BID. Mas é uma matemática estudada com cautela, se não um motorista acaba pagando pelo outro", ponderou a coordenadora de Gestão de Planos de Programas de Infraestrutura e Logística da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (SEIL), Rejane Karam, durante participação no EncontrosFolha, evento promovido pelo Grupo Folha na última quarta-feira (24) em Londrina.
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A alternativa de empréstimo do BID também deve ser tentada na duplicação das PRs 170 e 317, que ligam o norte e noroeste do Paraná ao estado de São Paulo. Segundo Rejane, uma carta-consulta já foi enviada ao órgão interamericano com as perspectivas do projeto.
Ainda sobre as PPPs, Karam afirma que o modelo da PR-323 deve facilitar as próximas iniciativas, passando sob obstáculos burocráticos como a constituição de um fundo garantidor, que assegura ao parceiro privado o pagamento da contraprestação do poder público. "Quando houver essa garantia, teremos um modelo pronto para as demais parcerias que virão. Estamos amadurecendo e lapidando o processo para que não tenhamos surpresas pela frente".