A greve dos funcionários da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e professores da rede estadual de educação foi marcada por protestos e tumultos nesta sexta-feira. Cerca de 200 grevistas bloquearam a PR-445, em frente ao campus da universidade, por cerca de uma hora. Na zona norte um piquete de servidores, professores e estudantes resultou na depredação parcial de uma escola.
Nesta sexta-feira, integrantes da APP-Sindicato, servidores e professores da UEL se uniram para engrossar o movimento de paralisação. Por volta das 10 horas, os grevistas interditaram a rodovia com pedaços de madeira, tambores e pneus que foram incendiados. Os motoristas que trafegavam pela rodovia foram orientados pela Polícia Rodoviária Militar a usar desvios para prosseguir viagem. Os manifesantes distribuíram panfletos aos motoristas.
Os professores e funcionários da UEL estão em greve desde o dia 17. Eles ficaram revoltados porque o governo do Estado descontou de suas folhas de pagamentos os dias parados por causa da greve. "Queremos mostrar ao governo e à comunidade que estamos mobilizados e que não vamos nos intimidar com declarações ou retaliações", disse o presidente do Sindicato dos Professores de Londrina (Sindiprol), César Caggiano.
Leia mais:
Com Murilo Benício, filmagens de 'Assalto à Brasileira' começam em Londrina
Passeios de pedalinho no Igapó 2 podem ser feitos até as 23h em Londrina
Código de Posturas será debatido em audiência pública na Câmara de Londrina
Espetáculo “O Pássaro Azul” encerra programação do Cena em Movimento nesta sexta em Londrina
Na Escola Estadual Lauro Gomes, no Conjunto Maria Cecília, na zona norte da cidade, houve confusão ontem, no início das aulas do turno matutino. Professores e funcionários da escola que aderiram a greve tentaram ganhar o apoio dos estudantes e houve confusão porque a metade dos 350 alunos não quis aderir ao movimento. Os estudantes que apoiam os grevistas quebraram vidros de várias salas de aulas e forçaram a grade do portão ameaçam invadir a escola.
Segundo a diretora-auxiliar Andréa Fleury, algumas crianças se apavoraram e começaram a chorar. A polícia foi acionada. "Não somos contra a greve, mas contra a desordem. Como educadores não podemos apoiar atitudes mal-educadas. Estamos descontentes e somos mal-remunerados, mas não iremos aderir à greve porque não concordamos com a maneira como ela está sendo conduzida e nem com a atual diretoria da APP-Sindicato", afirmou.
O presidente da APP-Sindicato, Luis Martins Lima, aprovou a atitude dos estudantes e grevistas. "Só posso parabenizá-los por terem demonstrado essa atitude de cidadania. É dessa maneira que se deve agir", disse. Os professores da rede estadual de ensino entram neste sábado no terceiro dia de greve.
O comando de greve dos funcionários do Hospital Universitário (HU) distribuiu, na hora do almoço, cerca de 300 refeições (polenta com carne moída) aos funcionários parados que se concentraram em frente ao hospital. Durante todo o final de semana o hospital vai funcionar em esquema de plantão.