O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) suspendeu nesta quinta-feira, por tempo indeterminado, as atividades de lavagem de ônibus e peças automotivas na garagem da Expresso Nordeste, na área central de Londrina. O órgão estadual de defesa do meio ambiente detectou que os resíduos de óleo diesel provenientes da empresa se infiltraram no solo e atingiram o lençol freático. Outras duas empresas - uma indústria de peças e um representante de bebidas -, vizinhas à Expresso Nordeste, também foram atingidas pela infiltração, conforme ficou comprovado em análises de água e solo feitas pelo IAP.
A empresa de transportes de passageiros já havia sofrido uma autuação no início de julho, depois que o IAP descobriu resíduos de óleo no Ribeirão Quati (zona norte). Na ocasião, recebeu multa de R$ 50 mil e ficou obrigada a fazer um estudo hidrogeológico (análise de amostras de água e solo) na área da garagem, que deveria ter sido entregue ontem. Agora, a Nordeste terá que apresentar um novo estudo, também da circunvizinhança, em aproximadamente 30 dias.
De acordo com o chefe regional do IAP, Andrew Pinheiro Neto, a infiltração de produtos poluentes chegou a 170 metros de profundidade e contaminou o aquífero da Serra Geral, localizado sob a cidade. O problema foi provocado, segundo Pinheiro Neto, porque os resíduos gerados com a lavagem de veículos e peças eram depositados numa fossa.
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O gerente da Expresso Nordeste, Luis Antônio Sminka, afirmou que a fornecedora de combustíveis da empresa já havia contratado, da primeira autuação, uma empresa para fazer o estudo hidrogeológico. ''Mas agora fomos informados de que teremos que fazer um estudo mais abrangente'', disse o gerente. Ele confirmou que os resíduos eram lançados numa fossa nos fundos da garagem mas garantiu que a empresa não tinha conhecimento da extensão do problema.
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