O juiz da 3ª Vara Criminal de Londrina, Juliano Nanuncio, colocou em liberdade o empresário Aparecido Domingues dos Santos, mais conhecido como "Dinho do Porco", denunciado pelo Ministério Público por criar empresas de fachada para sonegar impostos. Ele ainda é acusado de, com Antonio Luiz da Cruz, ter pagado propina para auditores da Receita Estadual presos durante a Operação Publicano, que descobriu um esquema criminoso instalado há anos no órgão. A decisão é da última terça-feira (25).
Santos foi preso há 11 meses. Ele responde por supostamente integrar organização criminosa, além dos crimes de corrupção ativa, falsidade ideológica e corrupção de menores de 18 anos. Segundo Nanuncio, o tempo que o empresário está detido é "desproporcional" às acusações. Além disso, o magistrado argumentou que o avançado nível de instrução das audiências da Operação Publicano na 3ª Vara Criminal não prejudicariam a "ordem pública".
De acordo com o MP, o principal delator da Publicano, o ex-auditor Luiz Antônio de Souza, em liberdade desde o dia 5 de abril, teria exigido R$ 1 milhão de "Dinho do Porco", natural de Quatiguá, no Norte Pioneiro. Souza teria feito chantagem para não citar o nome do empresário nos depoimentos. No entanto, ele atrasou o pagamento e Luiz Antônio, apesar de preso, começou a pressioná-lo.
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Segundo os promotores, pessoas próximas ao ex-auditor foram orientadas a cobrar a dívida de "Dinho do Porco". Logo depois, o delator teria pedido para que colegas da penitenciária fizessem ameaças ao empresário. Foi então que Santos pagou o que devia com nove caminhões e uma caminhonete. Por supostamente ter comandado o negócio de dentro da unidade prisional, Luiz Antônio teve o primeiro acordo de delação premiada quebrado com o Ministério Público.