A Secretaria Estadual da Justiça Cidadania e Direitos Humanos (Seju) abriu procedimento administrativo disciplinar contra dois agentes da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL II). Conforme a denúncia, no último dia 15 de agosto, durante inspeção de cela, os dois teriam molhado o colchão de dois presos e ainda rasgado fotos particulares dos detentos. No dia, a temperatura mínima registrada em Londrina foi de 3ºC.
A assessoria de imprensa da Seju adiantou que o corregedor deve verificar a situação na próxima semana. O caso foi relatado pela direção da própria unidade. A secretaria adiantou que alguma punição deve acontecer, já que trata-se de uma conduta inapropriada dos agentes penitenciários.
A reportagem do Portal Bonde levantou que um celular apreendido gerou toda a situação. Houve operação bate-grade para tentar descobrir de quem era o aparelho. A confusão gerou um princípio de rebelião em uma ala da PEL II. O Pelotão do Choque precisou ser acionado para controlar o tumulto.
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A família de um dos presos procurou o Centro de Direitos Humanos de Londrina (CDH) para checar a denúncia de que o detento havia sido gravemente ferido na situação. O CDH informou então à Secretaria de Direitos Humanos (SEDH) e um procedimento foi aberto pela Promotoria de Justiça de Londrina.
O promotor Eduardo Diniz Neto foi até a PEL apurar o caso. A Comissão de Direitos Humanos da OAB e a Defensoria Pública acompanharam a visita na unidade. "Nada de mais grave foi constatado", informou o promotor sobre o caso de agressão. De acordo com Eduardo Diniz, o preso não apresentava nenhum ferimento aparente ou com sequela.
A Promotoria ouviu os detentos e levantou outros dados sobre a situação. Como medida, foi pedido a transferência de um preso envolvido na confusão. Ele estava recebendo diversas ameaças por conta da rivalidade com outros internos.
Outra providência tomada pela promotoria foi a solicitação de transferência imediata de dois agentes penitenciários. Os servidores estariam perseguindo alguns presos e casos de violência foram relatados. Por conta das denúncias, a promotoria exigiu que eles fossem para outra unidade prisional.
Eduardo Diniz Neto disse à reportagem que apesar de a agressão não ter sido constatada, a promotoria segue investigando possíveis casos de abuso na penitenciária. "Estamos sempre vigilantes, mas sempre com cautela. A denúncia que chega nem sempre é a que se confirma. Existem rivalidades dentro da unidade e as famílias pode ser manipuladas pelas informações que vem de dentro", complementou o promotor.