No V Encontro de Ecologia Química (EBEQ), que está ocorrendo em Londrina (PR), o pesquisador brasileiro Walter Leal, que trabalha na Universidade da Califórnia (EUA), vai abordar, nesta quarta-feira (3) à tarde, o uso econômico de semioquímos - substâncias usadas na comunicação entre os organismos da mesma espécie ou de espécies diferentes - na área médica e agrícola.
De acordo informações da Embrapa Soja, Leal explica que os feromônios sintéticos usam o mesmo princípio dos ferômonios naturais - substâncias químicas que os insetos utilizam para se comunicar dentro de sua própria espécie. A fêmea dos insetos, por exemplo, usa o feromônio sexual para atrair o macho para o acasalamento. "Ao entender essa linguagem usada entre os insetos, criamos feromônios sintéticos", explica Leal.
Segundo ele, hoje existem no mercado inúmeros produtos sintéticos usados para o controle de pragas de diversas culturas como o algodão e as amêndoas, por intermédio de confundimento sexual. A estratégia usa o feromônio sintético - que exala uma substância similar ao "cheiro" da fêmea - para confundir o macho que morre por exaustão sem encontrá-la.
Leia mais:
Passeios de pedalinho no Igapó 2 podem ser feitos até as 23h em Londrina
Código de Posturas será debatido em audiência pública na Câmara de Londrina
Espetáculo “O Pássaro Azul” encerra programação do Cena em Movimento nesta sexta em Londrina
Centro de Doenças Infecciosas amplia atendimento para testes rápidos de HIV em Londrina
Leal explica que outro uso dos produtos sintéticos é o monitoramento de pragas de difícil controle. "Isto é um avanço porque se sabemos o nível de população dos insetos, podemos evitar aplicações de inseticidas desnecessárias".
A Embrapa Soja, unidade de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, promove o V Encontro Brasileiro de Ecologia Química (V EBEQ) de 1º a 4 de outubro, no Hotel Blue Tree Premium, em Londrina.