O mototaxista Renato Galindo, suspeito de agredir um agente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) na última segunda-feira (9), se apresentou no 6º Distrito Policial (DP) de Londrina na tarde de terça (10). Na companhia de um advogado, Galindo admitiu ter agredido o fiscal, mas alegou que agiu em "legítima defesa". "Eu estava trabalhando quando passei pelo local e vi os agentes. Fiz uma entrega e, na volta, parei para ver se eles tinham me multado. Eu me exaltei na conversa e, no meio do bate-boca, resolvi subir na moto e ir embora. O agente veio atrás de mim, dizendo que a minha placa estava tampada e eu iria ser preso, me deu um empurrão e eu caí com a moto no asfalto. Foi aí que eu dei uma 'capacetada' nele e, instintivamente, peguei a moto e fugi", explicou o mototaxista. Atingido na cabeça, o agente precisou ser encaminhado para um hospital de plantão.
Galindo também confirmou que a placa traseira da moto estava escondida por um pedaço de plástico, mas explicou que o material havia sido colocado no banco do veículo, "para proteger os passageiros", mas acabou descendo e escondendo a placa. "Sou trabalhador, não devo nada para ninguém e procurei a polícia para dar a minha versão. Sei que errei, mas quero que o agente também responda pelos atos dele", disse.
O mototaxista, indiciado por lesão corporal no 6º DP, já há havia se desentendido com outro agente de trânsito no ano de 2011. "Estava descendo a avenida Arthur Thomas e parei para tirar satisfação com um fiscal que estava com um radar. Não fiz nada, só conversei com ele, mas acabei respondendo por ameaça naquela época", contou.
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O advogado de Galindo pretende entrar com uma ação contra a CMTU pedindo reparação de danos. "Depois do empurrão, a minha moto caiu no asfalto e ficou danificada", alegou o mototaxista.
Em nota, o presidente da CMTU, José Carlos Bruno de Oliveira, condenou a agressão sofrida pelo agente e garantiu que vai resolver todos os casos judicialmente. Ele justificou que o agente de trânsito estava cumprindo seu papel enquanto servidor, "fiscalizando uma via que apresenta abusos e excesso de velocidade, com o objetivo de coibir tal prática, a qual tem colocado em risco muitas vidas, inclusive com vítimas".
Segundo Oliveira, a CMTU vai tomar todas as providências legais não só em relação ao agressor, mas também em relação às manifestações agressivas em redes sociais. "Ainda em repúdio às manifestações agressivas em redes sociais, com ataques e ameaças ao agente (e a outros servidores municipais), a companhia se reservará do mesmo direito, de proceder judicialmente. É inadmissível tal incentivo, à violência, como "solução" dos problemas. A regra é simples: cumpra as leis".
A CMTU informou, ainda, que o mototaxista acusado de agressão trabalha em Londrina de forma irregular.