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Em Londrina

MP adverte instituição interditada

Redação - Folha de Londrina
26 jun 2003 às 20:34

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O Ministério Público (MP) de Londrina encaminhou, nesta quinta-feira, uma advertência à diretoria do Movimento Evangélico para Libertação de Vidas (Melvi) com relação à denúncia de que a sede da entidade teria voltado a funcionar sem ordem judicial.

Um relatório da assistente social do Ministério Público, Maria Giselda de Lima, apontou a presença de sete pessoas, que estariam morando na instituição, localizada no Jardim Ideal (zona leste). O Melvi foi interditado no dia 16, a pedido do MP. Uma vistoria da Vigilância Sanitária havia detectado condições de higiene inadequadas e falta de assistência médica.

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O pastor Claudionor Rodrigues, responsável pela instituição, disse que as pessoas estão no local por amizade. ''São amigos meus que estão ajudando nas reformas exigidas pela Justiça em troca de pouso'', revelou. Para a assistente social Maria Giselda, a presença dos ex-internos é irregular.

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O assessor jurídico do Melvi, Louriberto Gonçalves, afirmou não ter conhecimento de que os amigos do pastor estão hospedados no local. ''Vou tomar providências e orientar sobre esta situação. A partir de hoje a determinação será cumprida 100%'', declarou. O responsável pela entidade revelou também que vai entrar com contestação na segunda-feira, alegando que não estaria atendendo. Segundo Claudionor Rodrigues, nem mesmo doações são aceitas.

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Na tarde desta quinta, duas pessoas estavam na sede da Melvi. O pintor autônomo Altino Mainardi Sobrinho, 47, ajudava nos serviços de limpeza. Ele afirmou que passa o dia na instituição para ''ficar com a mente ocupada''. '''A noite volto para o (Jardim) Interlagos, onde moro na casa de um amigo'', afirmou. Segundo Mainardi, ele estaria auxiliando na pintura do prédio. ''Mas na visita constatei não haver latas de tinta nem resquícios de que estariam pintando o local'', garantiu a assistente social.


O ajudante de eletricista José Tadeu, 46 anos, confirmou estar morando no local. Natural de Ponta Grossa, ele está há cinco meses em Londrina. ''Estou aqui em troca da ajuda e da amizade do pastor Claudionor'', confirmou.

De acordo com o promotor Paulo Tavares, se houver desrespeito à determinação do fechamento, a direção da entidade vai estar sujeita à sanções. A punição pode ser de multa e até detenção de 15 dias a seis meses. ''Em Londrina, há poucas casas de recuperação. É melhor fechar as que existem ou ajudá-las a melhorar o atendimento a quem precisa?'', questionou Rodrigues. ''Mais de 5 mil homens já passaram pela instituição'', completou. O Melvi atende no local há 16 anos.


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