O Ministério Público denunciou nesta quarta-feira (12) o policial militar Bruno Carnelos Zangirolami pelo envolvimento na morte de um adolescente de 17 anos no Conjunto Cafezal, zona sul de Londrina. O PM foi enquadrado por homicídio de dolo eventual. O crime aconteceu em junho em frente ao Colégio Estadual Maria José Balzanelo Aguilera, onde o agente morava em uma dependência nos fundos. Segundo o promotor Ricardo Domingues, que formulou a denúncia, "ao disparar, o policial assumiu o risco de produzir o resultado morte".
Com base em exames feitos pelo Instituto de Criminalística, a Polícia Civil concluiu que o projétil que saiu da pistola calibre 40 do policial ricocheteou no chão e só depois atingiu a vítima no tórax. O adolescente estava com mais dois amigos de 17 e 19 anos encostados no muro do colégio quando foi abordado pelo PM, que responde ao processo em liberdade.
De acordo com as investigações, os três estavam fumando maconha, conversando e ouvindo música. Depois do disparo , o PM tentou socorrer o adolescente com massagens cardíacas, mas ele morreu na hora. O advogado da família da vítima, Mancini Júnior, acredita que "há elementos que agravam a conduta do servidor, como o motivo fútil de cometer o crime".
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O Ministério Público pediu ainda para que sejam cumpridas algumas medidas cautelares, como a proibição do policial de se aproximar ou manter contato com testemunhas, suspensão parcial da função pública, permitindo apenas a realização de atividades administrativas e internas, sem contato com o público e suspensão de porte de arma.
O advogado que defende o denunciado, Eduardo Mileo, disse que só manifestaria após se inteirar do teor da denúncia.
(atualizada às 18h30)