A Promotoria de Proteção ao Patrimônio Público da Comarca de Londrina ajuizou, na quarta-feira (06), ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra funcionários públicos e empresários envolvidos na contratação da Empresa Brasileira de Empreendimentos, Projetos e Consultoria Ltda (Ebepec).
A Promotoria contesta a dispensa de licitação que culminou na contratação da Ebepec, prestadora de serviços de varrição de ruas, limpeza e conservação das instalações sanitárias, limpeza e conservação do mobiliário urbano e lavagem do calçadão e vias públicas de Londrina.
Conforme a ação, os requeridos burlaram o regime jurídico administrativo, firmando contrato administrativo entre a CMTU e a Ebepec (pertencente ao grupo Visatec), constituída e utilizada para participar de processos de contratação com o poder público, diante das restrições da Visatec de habilitar-se nesses processos.
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Os promotores de Justiça apontam ainda que o contrato firmado foi "altamente lesivo aos cofres públicos", devido à realização de pagamentos à Ebepec por custos indevidamente inseridos na planilha aprovada pela CMTU. Essa prática, de acordo com o Ministério Público na Comarca, configura atos de improbidade administrativa que geraram prejuízo de R$ 400 mil, em valores atualizados. Desse total, R$ 99,6 mil referem-se ao superfaturamento do contrato.
A Promotoria pede à Justiça, além da condenação dos requeridos, o ressarcimento dos prejuízos causados à CMTU, no valor de atualizado de R$ 400.385,57.
Controladoria constatou irregularidades
Em setembro deste ano a Controladoria-Geral do Município finalizou o relatório referente à dispensa de licitação para a contratação da Ebepec. A análise apontou que o município pagou R$ 90 mil a mais do que deveria pelos serviços.
Na ocasião, o relatório foi encaminhado para a Procuradoria-Geral do Município e ao Ministério Público.