Os diversos problemas da Secretaria Municipal de Obras passam, diretamente, pelo pouco pessoal. O órgão não tem um número de funcionários suficiente para atender toda a demanda. O déficit de servidores faz projetos importantes ficarem esperando por análise durante anos na prefeitura. A secretaria também tem dificuldades de expedir alvarás para novas construções e fiscalizar as obras em andamento. Atualmente, o órgão conta com 20 engenheiros, mas, pela avaliação do próprio poder público, precisaria de quase 100.
A atual administração quer, em um primeiro momento, dobrar o número de profissionais, dos atuais 20 para 39. O projeto de lei, que prevê a criação dos novos cargos, teve a tramitação acelerada pelos vereadores na sessão de terça-feira (12) da Câmara.
Se a proposta for aprovada, os 19 servidores serão contratados entre este e o próximo ano. São treze profissionais de Engenharia Civil, dois de Engenharia Elétrica e um engenheiro químico, além de três arquitetos. "Com mais profissionais, vamos conseguir desafogar, principalmente, o setor de elaboração de projetos", destacou o secretário de Obras, Valmir Matos.
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Ele lembrou que, atualmente, a diretoria que cuida dos projetos da Secretaria de Obras conta com apenas três engenheiros. "Em Curitiba, por exemplo, o mesmo setor tem quinze profissionais", comparou.
Segundo Matos, a diretoria em Londrina toma conta, principalmente, da elaboração de projetos de infraestrutura e pavimentação. "Em alguns casos, temos os recursos disponíveis para a realização das obras, mas precisamos esperar por conta da falta do projeto", exemplificou.
O secretário disse, ainda, que se o órgão tivesse mais engenheiros, teria evitado as irregularidades investigadas pela chamada Comissão Especial de Inquérito (CEI) dos Alvarás. Os vereadores integrantes da comissão apontaram ilegalidades na emissão de alvarás e Habite-se para construções do jardim Colúmbia (zona oeste) e do complexo Marco Zero (região leste de Londrina). "Com mais funcionários, teríamos mais segurança para a expedição dos documentos".
Valmir Matos finalizou ressaltando a importância dos 19 novos profissionais, mas reiterando que, na avaliação da secretaria, o número deveria ser bem maior. "Quatro vezes mais, no mínimo", afirmou.