A promotora de Defesa do Patrimônio Público, Solange Vicentin, afirmou ontem que irá apurar a denúncia de suposto desvio de finalidade de verbas destinadas ao projeto de Incentivo ao Esporte, pela Fundação de Esporte de Londrina.
A denúncia foi feita nesta quarta-feira na Rádio Paiquerê pela professora Luiza Cavazotti e Silva, orientadora do Instituto de Educação Infantil, uma organização não-governamental (ONG), que atende mais de 200 crianças, de 1 ano até o ensino fundamental. ''Vou requerer a fita (da rádio). Somente após disso poderemos ver quais as medidas que serão tomadas'', declarou Solange.
Segundo a professora, desde março deste ano, através de uma parceria com a Fundação de Esporte, cerca de 30 crianças estavam participando de um projeto que ensinava tênis nas dependências da escola. ''A escola tinha um convênio com a Fundação e um atleta amador que dava as aulas de tenis. Foi pedido uma verba suplementar, de R$ 3 mil, para completar o projeto porque o dinheiro estava se esgotando. O diretor foi à fundação mas a secretária disse que 20% teriam que ser colocados como passagens ou gasolina para alguma entidade e que era necessário fazer isso. O diretor não assinou e procurou a auditor do município'', relatou.
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Conforme Luiza, que não revelou o nome do diretor da escola, após a negativa em assinar o projeto, o presidente da Fundação, Marcelo Paulino, teria convocado uma reunião com membros da instituição e com o auditor da Prefeitura, Osvaldo Lima. ''Ele (Paulino) explicou que era um procedimento normal, que as verbas que ele tinha para viagens tinham se esgotado e o procedimento normal era que se pedisse isso dentro dos adicionais dos projetos'', disse a professora.
De acordo com Paulino, a proposta que partiu da Fundação, ''é perfeitamente normal, legal e moral''. ''Entendo que não tem nada de irregular, mas o auditor não entende assim e vamos tentar chegar a um denominador comum'', alegou.
''Os projetos tem todas as suas justificativas, e o dinheiro tem que ser gasto conforme o projeto. Qualquer gasto que existe fora daquilo previsto é irregular. De todas as despesas que fogem dos objetos, ainda que não seja de má fé, é solicitada a devolução'', afirmou Osvaldo Lima.