Vários bairros de Londrina estão sem água neste sábado. Uma adutora de captação de água bruta na margem do Lago Igapo II (Área Central) se rompeu na sexta-feira pela manhã, comprometendo o abastecimento da Estação de Tratamento Cafezal, na Avenida Juscelino Kubitschek, uma vez que o problema diminuiu a produção em 20%.
A manutenção terminou, mas o gerente metropolitano da Sanepar, Sérgio Bahls, estima que 280 mil moradores de todas as regiões da cidade podem ser afetados. A dica é economizar.
O rompimento foi descoberto por volta das 7 horas, graças à queda de pressão na tubulação do posto de tratamento de água. De acordo com o gerente da companhia, a água começou a minar no ponto onde o rompimento aconteceu, na margem do lago próxima à Rua Bento Munhoz da Rocha (Área Central). O conserto começou ainda pela manhã. Os trabalhos de reparos foram concluídos no final da tarde.
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Pela adutora, passam aproximadamente 750 litros de água por segundo. A captação é feita no Ribeirão Cafezal e a água é levada até a estação da Avenida JK, responsável por 38% da produção da Sanepar em Londrina. Os reflexos, segundo o gerente, serão sentidos hoje pela manhã. ''A possibilidade de falta d'água generalizada é muito grande'', avisou, incluindo também alguns bairros de Cambé (12 km a Oeste de Londrina), como prováveis áreas afetadas. No centro de Londrina já houve problemas de abastecimento ontem em algumas ruas, mas a empresa não precisou se isso tinha relação com o rompimento.
A companhia conta com outra estação de tratamento na cidade a do Tibagi, na Estrada do Limoeiro (Zona Leste). Segundo Bahls, este é o posto mais importante da cidade, respondendo por 57% do tratamento de água. ''Como o nosso sistema é integrado, vamos poder atender à demanda da cidade. Mas contamos com a compreensão e a colaboração do povo, que deve economizar'', pediu.
Na sexta-feira a Estação Cafezal passou o dia trabalhando com a água reservada 65 milhões de litros, para um atendimento de consumo diário de até 160 milhões de litros.
De acordo com o gerente, a tubulação, instalada em 1959, passa por manutenções mensais e não apresentava problemas há pelo menos cinco anos. O rompimento de ontem, com cerca de 3 metros de extensão, foi classificado como ''acidente''. ''Pode ter sido provocado pela vibração da terra ou pela mudança brusca de velocidade da água. O último deste tipo aconteceu há três anos'', disse. O cano de ferro fundido tem cerca de um metro de diâmetro e 6 mm de espessura. A vida útil das adutoras, segundo ele, é indeterminada.
Conforme a Sanepar, o rompimento dos tubos fez reduzir a produção em 20%. Como a empresa trabalha com um equilíbrio ''muito justo'' entre produção e demanda, a orientação é que a população poupe água nas próximas horas. O risco é grande também porque o consumo nesta época do ano já é mais elevado e aumenta ainda mais nos finais de semana. Os usuários podem ligar para o serviço de atendimento ao cliente através do número 115. (Colaborou Luciano Augusto)