A Sanepar prossegue nesta quarta-feira com os cortes de fornecimento de água aos usuários inadimplentes em Londrina. Já passam de mil as residências sem abastecimento e mais bairros da zona norte da cidade vão ter a água cortada. Embora o gerente metropolitano da Sanepar, Paulo Kishima, insista em dizer que não sabe quantos cortes serão efetuados, 1.770 famílias devem ser atingidas até o fim da semana.
Kishima esteve hoje (05/06) na Câmara de Londrina a convite dos vereadores, que queriam sugerir outras formas de cobrança dos inadimplentes. Segundo os vereadores, muitas pessoas têm procurado por eles alegando não conseguir negociar com a Sanepar. Os vereadores disseram na reunião temer o caos na cidade com os cortes. A empresa começou a interromper o fornecimento para as pessoas que não pagaram suas contas entre março de 2000 a abril de 2001, quando uma decisão judicial proibiu o corte de água.
A decisão foi dada a partir de uma ação movida pelo então promotor Hélio Cardoso, hoje vereador do PSB. Em abril de 2001 o Tribunal de Justiça concedeu à Sanepar liminar permitindo o corte. A alegação de vereadores e da população (são 35 mil inadimplentes) é de que a negociação exigida pela Sanepar - pagamento à vista de 50% do saldo devedor e parcelamento do restante - impede a quitação das dívidas pela maioria.
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Os vereadores enviarão requerimento à diretoria da Sanepar, em Curitiba, propondo que os cortes sejam prorrogados por 30 dias e que a empresa passe a cobrar uma conta e meia de cada inadimplente por mês, até que toda a dívida que soma R$ 6 milhões seja quitada. Paulo Kishima não se mostrou muito propenso a acatar a proposta, mas disse que irá avaliá-la.
* Leia mais em reportagem de Érika Pelegrino na Folha de Londrina/Folha do Paraná desta quarta-feira