Os servidores municipais podem cruzar os braços em Londrina. A assembleia-geral, marcada para segunda-feira (4), traz indicativo de greve. Os servidores estão insatisfeitos com a falta de reposição salarial.
A prefeitura apresentou, mês passado, a proposta de zerar o déficit salarial dos servidores. Os 37% seriam escalonados até 2020 (3,5% por ano mais inflação do período). A proposta foi rejeitada pelo funcionalismo.
Além desta proposta, a prefeitura encaminhou quatro projetos de lei à Câmara concedendo aumentos para categorias específicas (226/2011 - reajuste de 70% para quem tiver diploma de curso superior; 227/2011 - projeto que concede 208% de aumento para procuradores do município e 45% para servidores com carreira de estado; 247/2011 - aumento de 10% para os técnicos da saúde e agentes de gestão pública; 279/2011 - reajuste de 25% para médicos). Os projetos foram retirados de pauta na última semana. O impacto desses projetos todos na folha salarial da Prefeitura chegaria a R$ 28 milhões, ou seja, R$ 2,260 milhões por mês.
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O presidente do Sindserv, Marcelo Urbaneja, defende que esses reajustes distribuídos de forma linear para todos os servidores elevaria de 3,5% para 13% o índice de reajuste. "O prefeito está quebrando os princípios constitucionais da economia, equidade, moralidade pública. Você não pode dar 208% de aumento para um servidor e 3,5% para outro", criticou.
Marcelo Urbaneja esteve a frente de duas greves durante a gestão do petista Nedson Micheleti, em 2005 e 2006, esta de 106 dias, considerada a greve mais longa da história de Londrina.
Atualmente são 7 mil servidores municipais na ativa e outros 2,2 mil, inativos. A assembleia-geral da segunda-feira (4), está agendada para às 19h.