Mercado Interno
O dólar comercial abriu hoje em alta de 0,82%, vendido a R$ 3,05. É a quarta alta seguida da moeda norte-americana. Ontem, a moeda americana subiu 0,83%, fechando a R$ 3,03. Esse avanço do dólar é resultado da estratégia clássica adotada pelos bancos nos dias anteriores ao vencimento de dívida cambial do governo.
Reduzindo os negócios no mercado, as instituições financeiras conseguem inflar as cotações, pois a oferta da divisa fica menor que a demanda.
Assim, consegue-se interferir no cálculo do dólar oficial do país. Diariamente, o Banco Central mede a taxa média da moeda, a chamada Ptax. É esse valor que será usado para definir a quantia que os bancos vão receber do governo na hora do resgate dos papéis cambiais. Amanhã vence uma dívida cambial de US$ 1,3 bilhão. Na semana passada, após dois leilões, o Banco Central renovou apenas 24,1% dos títulos. O restante (cerca de R$ 1 bilhão) será recomprado. É a Ptax de hoje, véspera do vencimento, que será utilizada para calcular a remuneração dos bancos. Ontem, a Ptax subiu 0,97%, encerrando a R$ 3,0229.Só o anúncio de novas captações externas e uma alta dos títulos brasileiros no exterior podem interromper a trajetória de alta da moeda. Ontem, o Bradesco fechou uma captação no valor de US$ 400 milhões. O quadro político também é monitorado e pode ditar os rumos do risco Brasil e do C-Bond. Aguarda-se a conclusão da votação da reforma da Previdência em primeiro na Câmara, prevista para hoje.
Mercado Externo
Europa
As bolsas européias apresentavam hoje tendência de alta na abertura dos pregões, seguindo o desempenho dos mercados asiáticos. A Bolsa de Londres abriu com alta de 0,16%, com o índice FTSE-100 subindo 6,8 pontos, atingindo 4.192,4 pontos. A Bolsa de Milão abriu o dia com alta de seu índice, com o Mibtel aumentou 0,41%, a 18.759 pontos. Já em Frankfurt, a bolsa abriu ligeiramente em alta e seu índice DAX avançava 33,31 pontos (+0,99%), atingindo 3.415,02 pontos. Já o índice CAC-40, da Bolsa de Paris, abriu com alta de 0,75%, ficando em 3.232,29 pontos, contra os 3.208,23 pontos da véspera. A Bolsa de Zurique também abriu com alta. Pouco depois do início da sessão, seu índice geral SMI (Swiss Market Index) subindo 7,6 pontos (+0,74%), ficando provisoriamente em 5.087,2 pontos.
ÁSIA
Os mercados acionários da Ásia tiveram fortes ganhos nesta quarta-feira, acompanhando a tendência positiva de Wall Street e reagindo a bons dados econômicos locais. No dia anterior, nos Estados Unidos o Nasdaq e o Dow Jones subiram 1,53% e 1,01%, respectivamente, após o Federal Reserve optar por manter os juros do país em 1%, em linha com as previsões. Em TÓQUIO, o índice Nikkei elevou-se 1,96%, para 9.752 pontos, o maior patamar em duas semanas. O investidor também animou-se com os dados do Produto Interno Bruto (PIB) japonês, divulgados na terça-feira, mostrando que a segunda maior economia do mundo cresceu 0,6% no primeiro trimestre, acima do esperado. Atingindo o mais alto nível em 12 meses, em HONG KONG, o índice Hang Seng avançou 1,15%, para 10.301 pontos. Na CORÉIA DO SUL, o índice da bolsa local fechou com variação positiva de 1,68%, aos 713 pontos, melhor leitura em uma semana. Na TAILÂNDIA, o índice Thailand Set ganhou 2,33%, aos 525 pontos, mais elevado patamar em quatro anos. Na MALÁSIA, o índice da bolsa de Kuala Lumpur ficou estável em 724 pontos. Em CINGAPURA, o índice Straits Times teve alta de 1,78%, para 1.591 pontos. O destaque do pregão ficou com as blue chips. Com o maior nível em duas semanas, na INDONÉSIA, o índice da bolsa de Jacarta valorizou-se 0,95%, para 511 pontos. Em TAIWAN, o índice Taiwan Weighted saltou 3,56%, para 5.442 pontos.