Um dia após o ministro da fazenda Antonio Palloci dizer que não haveria intervenções no câmbio o Banco Central anuncia a compra de US$ 3 bilhões para fins de pagamento de juros da dívida externa deixando bem claro que não quer o dólar abaixo de R$ 2,74, interrompendo a queda que projetava um piso de R$ 2,68. Fica clara a intenção de segurar a cotação da moeda norte-americana, senão por que pagar mais caro por algo que ficaria mais barato ? Independentemente disto a ação deu resultado e o real deixa de se valorizar tendo em vista que o volume de recursos é bastante grande num mercado que vem movimentando quantias bem abaixo da intenção de compra do BC. Os demais mercados seguem o dia na expectativa da divulgação da ata da última reunião do Copom. A ata vem sendo ansiosamente esperada pelos analistas do mercado, que querem ver as justificativas para a decisão e tentar encontrar pistas para as próximas decisões do Banco Central.
Mercado Externo
Dia de colocar dinheiro no bolso no continente asiático, a maior parte dos mercados asiáticos fecharam em baixa nesta quinta-feira, em razão de embolsos de lucros. Uma das exceções foi Tóquio, onde o índice Nikkei subiu 0,26 por cento, para 10.900 pontos. Na Coréia do Sul , o índice da bolsa local teve variação negativa de 0,01 por cento, aos 872 pontos, novamente preocupado com a valorização do won (moeda local) contra o dólar. Em Honk Kong, o índice Hang Seng declinou 0,5 por cento, para 13.926 pontos. Na Malásia, o índice da bolsa de Kuala Lumpur caiu 0,62 por cento, para 905 pontos. Em Cingapura, o índice Straits Times perdeu 0,26 por cento, para 2.034 pontos. Na Indonésia, o índice da bolsa de Jacarta declinou 0,59 por cento, para 955 pontos. Em Taiwan, o índice Taiwan Weighted registrou queda de 0,95 por cento, para 5.855 pontos. Outra exceção à maioria foi a Tailândia, onde o índice Thailand Set avançou 0,88 por cento, para 648 pontos.
O euro estabeleceu novo nível de valorização em relação ao dólar nesta quinta-feira. A divisa européia passou de US$ 1,32 nesta manhã, marca não vista desde sua estréia há cinco anos. O comportamento de alta é atribuído principalmente às preocupações com os déficits orçamentários e comerciais dos Estados Unidos.