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Inflação e produção em queda reforça corte nos juros

Alex Agostini - Economista-chefe
09 set 2005 às 15:35
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A forte deflação na 1ª prévia do IGP-M de setembro e a retração na produção industrial brasileira no mês de julho ratificam o cenário da Global Invest Asset Management de redução da taxa de juros básica em 0,25 p.p. na reunião do Copom deste mês, que ocorrerá nos dias 13 e 14.

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• IGP-M – 1ª prévia setembro
A FGV divulgou hoje (09/set) os resultados da 1ª prévia do IGP-M referente ao mês de setembro. O índice apurou deflação de 0,56%, acelerando ainda mais o ritmo de queda observado desde maio. Todos os índices que compõem o IGP-M (IPA-M, IPC-M e INCC-M) registraram deflação neste mês, com destaque para o IPA-M que apontou queda de 0,73% nos preços. O resultado ficou muito abaixo de nossa estimativa: -0,2%.

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Avaliando o cenário de queda contínua dos preços de algumas importantes commodities agrícolas e metálicas, além da expectativa de novas valorizações do Real frente ao Dólar, alteramos nossa previsão para o IGP-M de setembro para deflação de 0,85% ante deflação de 0,4%. Os cinco meses de deflação do IGP-M neste ano é período mais prolongado já observado na série dos IGPs.

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Com o novo valor projetado para setembro, nossa estimativa para o resultado acumulado no ano recuou novamente, passando de 2,4% para 1,7%. Se nossa projeção se concretizar, o ano de 2005 será o de menor variação para o IGP-M em toda sua história, superando o ano de 1998 que registrou inflação de 1,79% e foi influenciado pelo baixo nível de crescimento mundial (2,8% - o menor desde a década de 80) devido às crises financeiras no Sudeste asiático.


• PRODUÇÃO INDUSTRIAL
A produção industrial registrou queda de 2,5% em julho em relação ao mês de junho, já excluindo os efeitos sazonais. O resultado ficou abaixo da nossa estimativa, que estava em queda de 0,7%. Já na comparação contra julho de 2004, houve crescimento na produção, porém em nível muito moderado: 0,5%. A desaceleração ocorreu em todas as categorias de uso, ao contrário do que foi observado nos meses anteriores quando os Bens de Consumo Duráveis era praticamente o único segmento que ainda registrava crescimento.

A forte retração observada em julho não altera nossa estimativa de crescimento para o setor em 2005, que está em 4,5% sobre 2004. Isso porque acreditamos que o mês de julho não pode ser considerado como uma reversão dos bons resultados apresentados anteriormente, mas devem ser interpretados como uma adequação do nível de produção em resposta ao (i) nível elevado da taxa de juros, (ii) significativa valorização do Real (iii) e pelo ajuste que normalmente o setor neste período do ano para um melhor aproveitamento do início dos pedidos feitos pelo setor varejista para as festas de fim de ano. Ou seja, acreditamos que em agosto e setembro o setor fabril se recuperará do tombo sofrido em julho.


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