Para cerca de 2,5 mil fiéis da Região Metropolitana de Curitiba, a fé não tem limites. Neste Dia do Trabalhador, eles subiram o morro do Anhangava, no município de Quatro Barras, para assistir a uma missa campal a 1,4 mil metros de altitude.
A missa de 1º de Maio no Anhangava é tradicional. Esse ano foi a 51ª celebração ininterrupta. Para as pessoas que dividiam as pedras no topo da montanha, o padre Renaldo Amauri Lopes orou pela paz e para que os jovens evitem os vícios, principalmente o das drogas.
O sermão tem endereço certo, a maioria dos fiéis que subiu o Anhangava para assistir a missa tinha menos de 25 anos. São jovens que gostam da aventura ou que têm que acompanhar os pais.
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Algumas pessoas não conseguiram terminar a subida. Para os que chegaram até o topo, a caminhada pode variar de 1 hora a mais de três horas. Centenas só conseguiram chegar ao local da celebração depois que a missa já havia terminado. "Não importa, o que interessa é que eu vim até aqui", conformou-se a dona de casa Iracema Maria Faustin, 49 anos.
O padre Reinaldo Lopes disse que não se trata apenas de uma celebração. A caminhada até o topo do morro é pela paz mundial. "Pela paz e para mostrar a fé vale a pena", afirmou. A celebração da missa no alto do Anhangava começou em 1950. Naquele ano, um grupo de moradores de Quatro Barras subiu o morro para rezar o terço à Nossa Senhora. Depois, rezaram pela paz e comprometeram-se a realizar todo dia 1º de maio uma celebração religiosa no local.
Depois de sete anos consecutivos da romaria, foi construída uma capelinha com dois cruzeiros. O morro é um dos mais procurados para prática de esportes radicais na Região Metropolitana de Curitiba. Praticantes de asa delta a paraglider costumam subir o Anhangava durante os finais de semana e feriados.
Leia mais em reportagem de Emerson Cervi, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quarta-feira