Os agentes penitenciários do Paraná aprovaram, em assembleia realizada nesta terça-feira (10), em Curitiba, o estado de greve da categoria. Os trabalhadores, entretanto, não vão cruzar os braços imediatamente. Eles vão aguardar até o próximo dia 23, quando se reúnem novamente com representantes do governo estadual para discutir avanços nas negociações. Prova disso é que os profissionais concordaram em sair da frente do Palácio Iguaçu no período da tarde. Eles estavam acampados no local desde a terça-feira da semana passada (3).
Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), o Executivo vai tentar o condicionamento do limite prudencial, que é fixado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) no orçamento, para atender as exigências da classe. Ou seja, até o próximo encontro o governo espera equilibrar as despesas com pessoal, para poder atender a pauta de reivindicações da categoria.
Conforme Anthony Johnson, vice-presidente do Sindarspen, até que uma resposta seja dada, a operação-padrão que vem sendo promovida pela categoria desde a semana passada, vai prosseguir. Entre os procedimentos afetados estão as visitas de advogados e aulas em unidades com escolas.
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Os agentes cobram reajuste de 23,37% sobre o adicional de risco, aumento de investimentos no sistema penitenciário, aposentadoria especial, realização de concurso público para contratação de mais 1,5 mil profissionais e autorização do porte de arma para a categoria. "O prazo está dado e vamos aguardar uma resposta."
O sindicato apontou que, atualmente, existem três mil agentes no Estado, mas seriam necessários pelo menos 4,5 mil para dar conta das demandas nas penitenciárias.
A secretaria estadual de Governo informou, por meio de assessoria, que o governo está ciente da pauta da categoria e que quer atender as reivindicações. Entretanto, destaca que estará impedido pela LRF caso o limite prudencial não seja atingido.