Alunos de medicina da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), que fazem internato no Hospital Universitário solicitaram, por meio de um abaixo-assinado, o afastamento da obstetra Sônia Amorim dos plantões do hospital. A médica é acusada de negligência. Após uma análise feita pelo departamento jurídico do HU, a direção decidiu aceitar o pedido, mas a médica foi mantida no corpo clínico do hospital.
Uma das alunas que pediu o afastamento, Cristiane Soares, disse que os acadêmicos não se sentem bem trabalhando ao lado de Sônia Amorim por causa das acusações contra ela. Segundo Orival Alves, coordenador do curso de medicina da Unioeste, outro motivo alegado pelos alunos é a falta de um bom relacionamento médico e técnico com Sônia Amorim, que não é professora deles.
Segundo o diretor clínico Sérgio Bader, por se tratar de um hospital escola é uma prerrogativa da universidade decidir o quadro de plantonistas que trabalham com os acadêmicos.
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Os problemas de Sônia Amorim começaram após uma mãe, cujo filho apresenta problemas mentais causados no parto, procurar o Ministério Público para fazer uma denúncia de imperícia médica contra ela. Depois dessa denúncia, outras mulheres procuraram a Promotoria apresentando outras denúncias de negligência. Alguns casos se tornaram ações judiciais. Outros estão sendo investigados pelo MP e pelo Conselho Regional de Medicina (CRM).
Além dessas denúncias, Sônia Amorim foi exonerada do quadro de funcionários da prefeitura municipal após um processo administrativo concluir que os métodos de trabalho da médica não eram condizentes com sua função. Desde que surgiram as primeiras denúncias, Sônia Amorim se nega a conversar com a imprensa.
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