Amigos do estudante Guilherme Carvalho Koerich, de 18 anos, que afirma ter sido agredido por seguranças do James bar em Curitiba, e que, por causa da agressão, teve que amputar a perna, estão organizando uma manifestação contra a violência, por meio do facebook.
A página "Segurança sim, agressão não" convoca os internautas a participarem do ato, que acontece nesta quarta-feira (16), às 21 horas, na esquina da Av. Vicente Macho com a Rua Coronel Dulcídio, ao lado do bar, no centro de Curitiba. A orientação é para que as pessoas vistam branco. Na página, até as 14 horas deste terça, 1.738 pessoas haviam confirmado presença ao evento.
Guilherme afirma ter sido agredido por seguranças do James Bar, na madrugada de domingo (6), quando saía do estabelecimento. De acordo com a versão do rapaz, ele consumiu R$ 60 no bar e, quando se dirigiu ao caixa, verificou que possuía apenas R$ 40 em dinheiro para pagar a conta. Ele propôs ao responsável pela casa, deixar seu telefone celular como garantia de que voltaria para pagar a conta, mas o gerente não aceitou e acenou para os seguranças. Com medo, ele teria saído correndo, sendo então, alcançado pelos seguranças e agredido.
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Representantes do bar, por sua vez, negam a acusação e sustentam que o rapaz teria caído quando tentava fugir do estabelecimento, e que o segurança teria caído em cima dele, o que deve ter provocado a fratura da perna.
Nesta terça-feira, o 3º Distrito Policial, que investiga o caso, começou a ouvir depoimentos sobre o caso. Também serão analisadas as imagens gravadas por câmeras de segurança do bar, para verificar se ele foi agredido ou apenas caiu. Na segunda-feira, Guilherme também reconheceu a fotografia de um funcionário do bar como sendo o agressor.
Com a queda, Guilherme teve uma lesão grave no joelho, com ruptura de ligamentos, nervos e veias. Ele chegou a ser operado, mas no domingo (12) teve a perna amputada.
Além de fazer Boletim de ocorrência na delegacia, a família também denunciou o caso ao Ministério Público e à Comissão dos Direitos Humanos da OAB.
Pelo facebook, o pai de Guilherme, se manifestou dizendo que "A vida segue seu curso, os desvios de rota são inevitáveis. As perdas são bem elaboradas quando entendidas, e até agora ainda não consegui elaborar esta. Meu filho sofre, a familia sofre, os amigos sofrem, mas busco forças nas manifestações de carinho de todos para poder ajudá-lo a nesta nova etapa", diz.