O Governo do Estado montará um grupo de trabalho para atender as questões sociais do movimento de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT). O secretário de Assuntos Estratégicos, Nizan Pereira, reuniu-se nesta quinta-feira (29) com representantes do movimento no Paraná. "As políticas públicas no Paraná avançaram muito nos últimos anos. A criação de um grupo de trabalho consolida o compromisso deste Governo de romper a homofobia, quebrar a invisibilidade e garantir os direitos constitucionais", disse Nizan.
Durante a reunião, o secretário lembrou dos avanços proporcionados pela criação de um grupo de trabalho para o atendimento às comunidades quilombolas, que passaram a ter visibilidade e os seus direitos garantidos. No dia 10 de novembro haverá reunião com os representantes do movimento. "Vamos criar, ineditamente no Brasil, um plano de combate à homofobia, de segurança e de garantia dos direitos constitucionais às lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais", ressaltou o secretário.
Rafaelly Wiest, presidente do Grupo Dignidade, destacou que são inegáveis os avanços obtidos com a parceria entre o Governo e o movimento nos últimos anos. "Temos muitas vitórias, mas ainda temos deficiências", disse. "Efetivaremos as propostas apresentadas durante a nossa Conferência Estadual. Nosso foco maior será possivelmente relacionado às questões de saúde, trabalho, segurança pública, educação, turismo e cultura", disse.
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O presidente do Centro Paranaense de Cidadania, Igo Martini, destacou que a criação do grupo de trabalho trará benefícios à comunidade. "O grupo de trabalho vem reforçar a necessidade de criar políticas públicas que façam a defesa e a promoção dos LGBT, pois temos a preocupação de que possa mudar o governo e que esses programas sejam deixados de lado, por isso estas ações devem constituir políticas de Estado", avaliou.
Márcio Marins, coordenador geral da Parada da Diversidade, destacou que os diálogos entre o Governo e o movimento estão sendo reabertos, para que as ações possam ser melhor efetivadas. "No Paraná, algumas Secretarias reconhecem os direitos previdenciários de parceiros de mesmo sexo. Temos uma parceria muito proveitosa com a Secretaria de Saúde e com a Secretaria de Educação, que abriu recentemente o diálogo para discutirmos as questões de orientação sexual e identidade de gênero", disse (com AEN).