O anúncio do pagamento de uma gratificação de assiduidade de R$ 100,00 a 46 mil professores do quadro do Estado revoltou os professores, que esperavam que o governo apresentasse, nos próximos dias, proposta de reajuste salarial.
A gratificação, que já foi concedida a outras categorias do quadro geral do Estado e à Polícia Civil, será paga a partir de maio. O pagamento será feito até dezembro, quando termina o atual mandato. A continuidade do abono depende, depois disso, do próximo governo.
Os professores aguardavam que o governo apresentasse uma proposta de reajuste salarial no próximo dia 13, em uma reunião com representantes da categoria. ''Isso é mau-caratismo do governo. A apresentação desse abono não é negociação, é imposição'', afirmou o presidente da APP, Romeu Gomes de Miranda. A categoria não descarta, segundo Miranda, a possibilidade de uma greve geral. Uma assembléia, previamente marcada para o dia 18, vai discutir o assunto.
Leia mais:
Lote 3 das novas concessões terá rodovias estaduais duplicadas entre Londrina e São Paulo
UEM aplica provas do PAS para quase 24 mil estudantes neste domingo
Itaipu celebra Dia Internacional da Onça-pintada
BR-376 em Sarandi será interditada neste domingo para obras do novo viaduto
Para o presidente da APP, a gratificação é uma ''armadilha para desmobilizar a categoria'', pois está condicionada à assiduidade. Ele questiona ainda a não concessão do abono para os professores aposentados. ''Para o governo, os cerca de 35 mil inativos não precisam comer nem se vestir.''
Outro anúncio feito ontem pelo governo do Estado agradou a categoria. Um concurso público será realizado para contratar professores pelo regime estatutário. O concurso poderá efetivar os cerca de 18 mil docentes que trabalham pelo regime de CLT, que não têm estabilidade no emprego. O governo ainda não sabe quantos profissionais serão selecionados. Estudos serão feitos para definir o número de vagas começam a ser feitos nesta semana.
Os professores e funcionários do ensino querem reposicão salarial de 65%, referente à inflação desde 1995. Na última segunda-feira, eles paralisaram as aulas e fizeram uma manifestação com passeata até o Palácio Iguaçu. Cerca de 70 deles ficaram acampados em frente, até serem atendidos pelo governo na reunião de terça-feria.
Leia mais em reportagem de Ellen Taborda, na Folha de Londrina deste domingo