A Delegacia de Homicídios começou a investigar na noite de ontem a morte do preso Pedro Carlos Bail, 23 anos, executado com cinco tiros à queima roupa dentro de uma viatura do 11º Distrito Policial, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).
Foram ouvidas diversas testemunhas da abordagem feita por três homens encapuzados que ocupavam um Tempra de cor escura. As testemunhas reafirmaram que os policiais civis José Gallad Penha e Odair Alves - que acompanhavam os presos - não tentaram qualquer reação e foram algemados.
Os dois presos que estavam na viatura foram atingidos por diversos disparos de arma de fogo. Mas Carlos Alexandre Rodrigues, 19 anos, conseguiu resistir aos ferimentos e foi internado em estado grave no Hospital do Trabalhador. "Vamos esperar que ele sobreviva para contar sua versão dos fatos", declarou Fauze Salmen, titular da Homicídios.
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De acordo com ele, a suspeita inicial é a de que os presos tenham sido alvejados por tiros pelos seus próprios companheiros de quadrilha do interior do Estado. "Eles seriam submetidos a um interrogatório. Os comparsas podem ter ficado com medo que eles acabassem delatando alguém", afirmou o delegado, ao lembrar que os presos foram recapturados na última sexta-feira, em Campo Mourão, pelo Grupo Águia da Polícia Militar.
No entanto, ele não descartou a hipótese de tentativa de execução por vingança por parte de policiais civis. "Não descarto essa hipótese também", declarou Salmen. Antes de serem recapturados, Bail e Rodrigues já estiveram presos no 11º Distrito Policial, de onde conseguiram fugir depois de balear o investigador Álvaro Ernesto Baggio, 43 anos, que já se recuperou, mas ainda está afastado das funções.