Depois de quase uma semana de greve dos funcionários técnico-administrativos do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o atendimento no hospital ainda era parcial nesta quinta-feira. Pelo Pronto-Atendimento (PA), somente casos emergênciais receberam atendimento. Só foram encaminhados ao PA, pelos postos de saúde de Curitiba, os casos que, depois de realizada perícia, foi constatada a necessidade de encaminhamento ao HC.
As pessoas que perderam as consultas especializadas por conta da greve, tiveram que remarcá-las ontem. A maioria das vagas era para o final de março e começo de abril do ano que vem, o que revoltou os que se encontravam ontem no hospital.
É o exemplo de Ludovico Zarzenhak, de 79 anos, que teve derrame cerebral há dois meses e está com o lado direito do corpo paralisado. "Ele tinha consulta marcada na semana passada, mas não foi atendido por causa da greve. Agora só vai ter vaga para o neurologista atendê-lo no ano que vem. Hoje (ontem) só conseguimos que fossem realizados os exames de sangue e urina dele", disse injuriado o filho, Hélio Zarzenhak.
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Os ambulatórios do HC já estão funcionando normalmente. Quem tinha consulta com especialistas marcada para ontem foi atendido. Cirurgias agendadas para ontem também foram realizadas. É o caso da aposentada Roseli Teixeira, de 58 anos, que foi submetida à cirurgia no tornozelo.
Dos 2050 fncionários técnico-adminsitrativos do HC, 200 ainda não receberam os salários de setembro e por isso, não voltaram ao trabalho. "Vou encaminhar no início da semana que vem os nomes desses servidores ao procurador Fernando Ferreira para que ele pressione a reitoria da UFPR a disponibilizar os salários deles", disse Antonio Neris, presidente do Sinditest (sindicato que representa a categoria).
Conforme a direção do HC, a partir de segunda-feira, os procedimentos estarão normalizados. Durante a greve, mais de 12 mil pessoas deixaram de ser atendidas.