Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Reduto de Barros

Bancada de Pernambuco pressiona Temer para não construir fábrica em Maringá

Agência Estado
21 jul 2017 às 09:08
- Wilson Dias/Agência Brasil
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A bancada de Pernambuco está pressionando o presidente Michel Temer para que o governo desista de construir uma fábrica de hemoderivados em Maringá, no Paraná, reduto eleitoral do ministro da Saúde, Ricardo Barros. Para os pernambucanos, a nova instalação vai "esvaziar" a unidade da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) construída em Goiana, a 62 km do Recife.

Deputados e senadores do Estado já estiveram com Barros para discutir o assunto, mas vão levar o caso até o presidente. Integrantes da bancada pernambucana têm se reunido com Temer para tratar do tema, e pretendem fazer uma reunião mais ampla na próxima semana, quando o peemedebista deve desembarcar em Pernambuco para uma agenda oficial.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Para o líder da bancada estadual, deputado João Fernando Coutinho (PSB-PE), Barros tem adotado um discurso "pouco transparente e pouco explicativo" sobre porque decidiu construir outra fábrica no Paraná. "Vamos procurar o presidente da República para conversar sobre o assunto. Somos 25 deputados e três senadores, de diferentes partidos, mas estamos todos unidos para impedir essa decisão inoportuna e oportunista", afirmou.

Leia mais:

Imagem de destaque
Reajuste

Tarifa do trajeto entre Cambé, Londrina e Ibiporã vai ficar mais barata a partir de quarta

Imagem de destaque
Região de Londrina

Obras de duplicação da PR-445 avançam com início da construção do viaduto em Tamarana

Imagem de destaque
'Pejotização'

TRT rejeita vínculo empregatício de trabalhador contratado como MEI no Paraná

Imagem de destaque
Por tempo indeterminado

29 mil alunos do IFPR têm calendário letivo suspenso devido à greve


Segundo o deputado, já foi investido quase R$ 1 bilhão na fábrica em Pernambuco e a mudança de estratégia para a produção de hemoderivados no País "seria um atraso para o País e uma má utilização dos recursos já aplicados".

Publicidade


Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo em junho, o ministro da Saúde deu início pessoalmente a uma negociação para a construção de uma fábrica de hemoderivados em Maringá (PR), seu reduto eleitoral. Pela proposta de Barros, um consórcio seria formado entre os laboratórios públicos estaduais Butantã (SP), Tecpar (PR) e a Hemobrás de Pernambuco. A parceria também envolve a empresa suíça Octapharma, citada na Operação Máfia dos Vampiros, desencadeada em 2014 para investigar um grupo de laboratórios que combinavam tarifas para fraudar licitações de derivados de sangue.


Pela proposta, a Octapharma faria um investimento de US$ 500 milhões para produção de hemoderivados no País. Os recursos seriam utilizados ara adaptar e finalizar as obras no Instituto Butantã e na Hemobrás na área de sangue, além de construir uma fábrica na Tecpar. Hoje, o instituto do Paraná não apresenta atividades ou estruturas na área de sangue. Os três laboratórios ficariam encarregados da produção de hemoderivados para o País. O Butantã, no entanto, já avisou que não vai aceitar a parceria.

Por meio de sua assessoria, o ministro apontou que já fez uma reunião com os parlamentares do Estado e disse que marcou uma nova audiência para o dia 3 de agosto. "Não farei nenhum encaminhamento em relação a Hemobrás sem acordar com a bancada de Pernambuco. Aguardo acordo da bancada para consolidar os investimentos para a conclusão da fábrica da Hemobrás em Pernambuco", disse.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade