A Biblioteca Central da Universidade Estadual de Maringá (BCE/UEM) está apostando na tecnologia para acabar com o furto de livros. A partir da segunda quinzena de julho, todos os 126 mil títulos estarão equipados com uma fita magnética que ao passar pelas antenas instaladas nas saídas do prédio dispara um alarme. A única forma do estudante tirar o livro do edifício, será regularizar o empréstimo e desmagnetizar a fita. "Acho que será a solução para o problema de furtos", acredita a diretora do sistema de bibliotecas da UEM, Ana Maria Marquezini Alvarenga.
O sistema, segundo ela, é totalmente à prova de qualquer tentativa de violação. "A fita magnética desaparece depois de aplicada ao livro, e o estudantes não tem como descobrir onde está o dispositivo", explica. Para colocar a fita nos livros e instalar o sistema de monitoramento a universidade está investindo R$ 100 mil. Metade do prejízo que a instituição sofreu com o furto nos últimos três anos.
Neste período sumiram 1.562 obras nacionais e 190 estrangeiras. "O maior prejuízo no entanto não é só o financeiro", lembra Ana Maria. Ela diz que muitos títulos furtados tem edição esgotada, e acabam fazendo falta em alguns cursos. Os livros mais "procurados" para furto são de Direito, com 194 obras sumidas, seguida de Medicina, com 87 títulos desaparecidos em três anos. O prejuízo maior no entanto é com as obras de Medicina, que sempre custam mais caro.
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A biblioteca da UEM, lembra Ana Maria, recebe estudantes de todas as faculdades da cidade. Por dia passam em média 3 mil pessoas pela BCE, a maior parte da comunidade universitária da UEM. "Muitos estudantes de outras faculdades, que possuem acervo mais atualizado, fazem pesquisa aqui", diz ela. A instituição vai também instalar grades nas janelas da BCE, para evitar que os estudantes mudem a forma de furtar livros. Hoje o normal é o título ser retirado por dentro da roupa, já que é proibido entrar com bolsas na biblioteca.