O dono de um canil clandestino, interditado no dia 12 de julho, no bairro Capão raso, em Curitiba, não terá direito a reaver os animais. Os 56 cães e quatro garos, de diversas raças, apreendidos no local serão castrados e encaminhados à adoção. Foi essa a decisão do Juizado Especial Criminal, em audiência realizada na tarde desta quinta-feira (9).
O canil foi interditado por prática de abuso e maus, criação ilegal e comercialização irregular de animais de estimação, ação que teve a presença de autoridades do Batalhão de Polícia Ambiental, Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e Rede de Proteção Animal de Curitiba, Sociedade protetora dos Animais de Curitiba (Spac) e protetores de animais independentes. Na ocasião, o responsável pelo canil, Aurélio Sielski, foi preso em flagrante.
O dono do canil negou que os animais fossem para comercialização, mas provas materiais anexadas ao processo criminal comprovaram que, além da atividade de criação e comercialização ilegal, os animais encontravam-se encarcerados, muitos mantidos em caixas de madeira, com saúde bastante debilitada, desnutridos, alguns necessitando de internamento. Três cães foram a óbito devido à condição grave de saúde em que foram encontrados.
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Segundo a presidente da Spac, Soraia Simon, a entidade optou por aceitar um acordo de conciliação entre as partes, para não penalizar ainda mais os animais. " Pelo melhor interesse dos animais decidimos conciliar para que os cães já resgatados pudessem ser imediatamente encaminhados para adoção. De outra forma, o processo iria se estender e os cães teriam que esperar muito tempo para serem encaminhados", explica.
Por ser réu primário, o proprietário deverá pagar multa de R$ 5 mil. Também ficou acertado que o homem só poderá manter os cinco cães que permaneceram no canil e que já foram castrados. A Prefeitura deverá fiscalizar o local constantemente. Caso o proprietário volte a mau tratar os animais, pode até mesmo ser preso.
Antes de serem adotados, todos os animais serão castrados. A Spac e os protetores, que estão cuidando dos animais resgatados, vão, agora, entrevistar as pessoas que se mostraram interessadas para decidir quem serão os adotantes.