Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade

Caminhoneiros desconfiam do governo federal

Dimitri do Valle - Folha do Paraná
08 fev 2001 às 12:10

Compartilhar notícia

siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Líderes dos caminhoneiros no Estado estão desconfiados das promessas feitas pelo governo federal para acabar com a greve da categoria. A principal dúvida recai sobre o vale-pedágio, que segundo o ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, vai ser eletrônico e com maciça fiscalização dos Estados.

"É muito difícil de funcionar e o caminhoneiro vai continuar pagando o pedágio embutido no frete", analisa Nelson Canan, coordenador paranaense do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC). "Não tem como fiscalizar." O vale tem que ser pago pelas empresas que contratam os motoristas. Segundo eles, isso não é cumprido.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


A tabela mínima do frete que o governo quer implantar, com base na alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de cada Estado, também é vista com preocupação. A lista será criada pelos estados com a participação dos transportadores. Canan tem dúvidas de como vai funcionar o cálculo quando o caminhoneiro for obrigado a trabalhar, numa mesma viagem, em estados diferentes.

Leia mais:

Imagem de destaque
Ataque em Cambé

Pais de Karoline e Luan pedem indenização de quase R$ 2 milhões ao Governo do Paraná

Imagem de destaque
Veja seu local

Provas do concurso da Sanepar serão aplicadas em nove cidades do Paraná neste domingo

Imagem de destaque
Empurrava bicicleta

Idoso morre após ser atropelado por caminhonete na BR-369, em Jataizinho

Imagem de destaque
Projeto ainda está no papel

Ibiporã continua à espera de ambulatório veterinário


Se a proposta da tabela mínima vingar, Canan prevê que os caminhoneiros autônomos vão enfrentar dificuldades para trabalhar. "O valor da mercadoria vai custar menos que o pedágio, o custo do frete subirá demais e vai ficar mais cômodo para as empresas comprarem os próprios veículos. O autônomo pode deixar de existir."

Publicidade


A sugestão dos caminhoneiros é a criação de uma única tabela de frete mínimo com o preço baseado a partir do valor do combustível gasto numa viagem. Em reunião que selou o fim da greve da categoria, na noite de terça-feira, governo e caminhoneiros acertaram uma trégua de 30 dias com a finalidade de analisar a pauta de reivindicações.


O Ministério dos Transportes divulgou nota oficial na tarde de ontem para garantir que vai atender parte das propostas dos caminhoneiros. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai ampliar as condições de financiamento para a compra de veículos e equipamentos de segurança. Os autônomo vão ter prazo de carência de 12 meses, 90% do valor financiado e prazo para pagar em até 72 meses.


A pedido do governo federal, projeto de lei que regulamenta a jornada de trabalho dos autônomos deve ser votado em regime de urgência no Congresso após o dia 15 deste mês quando termina o recesso parlamentar. O acordo feito com os caminhoneiros prevê ênfase para o combate ao roubo de cargas. O secretário nacional de Segurança Pública, coronel Pedro da Silva Alvarenga, foi nomeado para presidir o Grupo de Trabalho para Segurança nas Estradas, que conta com representantes dos caminhoneiros.

No próximo dia 3 de março, secretários de Transportes de todo o país participam de encontro para discutir os rumos das rodovias pedagiadas. Eliseu Padilha convidou os líderes dos caminhoneiros para discutir suas propostas no encontro. No dia 9 do mesmo mês, a categoria volta a se reunir com Padilha para receber uma resposta sobre a viabilidade de baixar os preços do pedágio. No Paraná, os caminhoneiros querem pagar R$ 1,00 por eixo. A tarifa praticada hoje varia de R$ 5,40 a R$ 8,80.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo