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Caminhoneiros prometem fechar estradas se houver reajuste do pedágio

Israel Reinstein - Folha do Paraná
10 nov 2000 às 11:08

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O aumento do pedágio pode fazer com que os caminhoneiros fechem as estradas como protesto. Ontem, o presidente regional do Movimento União Brasil Caminhoneiro, André Felisberto, avisou que enquanto o governo estadual estuda a possibilidade de reajuste, a categoria vai avaliar que medidas vai adotar contra um possível aumento. "É um desaforo e, por isso, o fechamento das estradas não está descartado", alertou Felisberto. Em março, os caminhoneiros mantiveram as estradas fechadas por cinco dias.

O dirigente dos caminhoneiros afirmou que a proposta de aumento causou surpresa na categoria. "As estradas têm apenas obras de maquiagem e ainda estão ruins. Então, porque aumentar?", reclamou. "Ainda mais nesse valor", reclamou. Extra-oficialmente, trabalha-se com um reajuste de 20% sobre o valor da tarifa.

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Felisberto afirmou que vai consultar as lideranças nacionais do Movimento para saber que medidas tomar. "No sábado, haverá uma assembléia nacional, em São Paulo, onde também está se discutindo a possibilidade de reajuste e a uma reação da categoria", afirmou.

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O resultado da plenária nacional vai orientar o encontro dos coordenadores estaduais do movimento que se reúnem na segunda-feira, em Curitiba. "A gente ainda não esqueceu que a Polícia Militar bateu e prendeu caminhoneiros. E prometeu melhorar as estradas", afirmou. "Também o governo esqueceu de criar o Conselho dos Usuários, que iriam fiscalizar as estradas", disse.

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André Felisberto disse que o movimento quer cobrar uma decisão definitiva sobre os mandados de segurança, que pedem a suspensão dos contratos do governo estadual com as concessionárias. Além da ação dos caminhoneiros, tramitam outras impretadas pela Federação da Agricultura do Paraná (FAEP) e o Sindicatos das Empresas de Transportes de Cargas do Paraná (Setcepar).


Banho-maria

Com a divulgação do reajuste, o governo estadual e as concessionárias pretendem manter o assunto em banho-maria, pelo menos até o dia 15. É que os técnicos do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR) e das empresas querem aguardar a divulgação dos índices de inflações do setor rodoviário. Entre as informações que pesam na composição do preço estão médias sobre custos de terraplenagem, pavimentação, obras especiais, construção civil, consultoria rodoviária e o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M).


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