Uma pesquisa inédita no País pretende traçar o perfil do idoso de Curitiba. A idéia é conhecer melhor suas necessidades, para então desenvolverprojetos que sanem as carências da 3ª idade. Quinhentos idosos da Capital, acima de 65 anos de idade, estão participando do trabalho.
A coleta de dados começou no dia 23 de julho e prossegue até o dia 27. A iniciativa é da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC) em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. A previsão é que em 90 dias a primeira etapa da pesquisa esteja concluída. O resultado do estudo deve estar pronto, no máximo, até o final do ano.
Estão envolvidos no projeto mais de 80 pessoas. Entra elas professores, médicos, residentes, acadêmicos e voluntários. A equipe realiza entrevistas, por meio de questionário, com 48 questões sócio-educacionais e econômicas. Depois disso, faz exames para constatar se os entrevistados possuem problemas de mémoria, fala, nutrição, depressão, audição, próstata, densidade óssea, respiração e desnutrição. Os exames são feitos nas oitos unidades de saúde municipais da Capital. As entrevistas são realizadas no Hospital Cajuru.
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‘A intenção é subsidiar e assistir os idosos. Constatar o problema para elaborar projetos que atendam as carências desta parcela da população’, disse o presidente da seção Paraná da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e coordenador da pesquisa, José Tupiná. Ele explicou que pelo cruzamento dos dados levantados na pesquisa, a equipe poderá saber, por exemplo, o porquê do aparecimento de doenças como a depressão.
A incidência de doenças cardiovasculares (infarto, hipertensão) e degenerativas (demências e osteoporose), além de diabetes, é maior entre idosos, segundo Tupiá. Disse, que não existem estatísticas neste sentido em Curitiba. ‘Pela pesquisa saberemos também quais as doenças que mais atingem nossos idosos’, informou.
De acordo com o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 12% da população da Capital está na 3ª idade. Para a Organização Munidal de Saúde (OMS), um país pode ser considerado idoso quando mais de 8% da população está na 3ª idade.