Cerca de mil pessoas participaram nesta segunda-feira de uma manifestação nas ruas de Cascavel pedindo o cumprimento de ordens de reintegração de posse de terras invadidas e o fim do conflito agrário na região.
Comerciantes fecharam as portas de suas lojas por cerca de 15 minutos, durante a passagem de uma carreata. O governo do Estado tem afirmado que cumprirá os mandados, mas prefere fazê-lo de forma negociada e pacífica.
A manifestação, chamada de Parada pela Paz no Campo, foi convocada por entidades ruralistas, como a sociedade e o sindicato rural, e contou com a adesão de outras 13 instituições, entre elas a Associação Comercial e Industrial (ACIC) e a seccional da Ordem dos Advogados do Brasil. ''O que queremos é que se respeitem as leis'', disse o vice-presidente da ACIC, Guido Bresolin Júnior. ''Do contrário pode virar baderna.''
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Segundo Bresolin,a manifestação do líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, incitando à violência é inaceitável. ''Perde-se a noção do estado de direito e aí vira anarquia.'' Ele disse que cerca de 90% dos lojistas aderiram ao protesto. ''Se o campo vai mal, a cidade também vai mal'', afirmou o presidente do Sindicato dos Lojistas de Cascavel (Sindilojista), Plínio Destro.
O presidente da Sociedade Rural do Oeste, Valdir Lazarini, disse que o único objetivo é a legalidade. Segundo ele, a região oeste tem 12 fazendas invadidas por integrantes do MST, das quais oito têm reintegração de posse decretada, algumas desde 1989. ''Nós só queremos o cumprimento da lei'', acentuou.
Lazarini disse que em setembro começa o plantio de milho, mas muitos produtores estão temerosos de fazer investimentos em tecnologia e depois ver tudo se perder a partir de uma invasão da propriedade. ''O movimento que fazemos é um alerta aos governos federal e estadual'', afirmou.
Informações da Agência Estado