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Invasões

Conflitos agrários persistem em 32 áreas no Paraná

Redação Bonde
07 mar 2011 às 15:28

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Das 72 áreas rurais com pedidos de reintegração de posse no Paraná, 40 tiveram as pendências resolvidas neste ano ou estão com negociações avançadas. A informação é de Hamilton Serighelli, assessor extraordinário para Assuntos Fundiários do Governo do Paraná.

Serighelli realizou reuniões com proprietários das terras em litígio, trabalhadores acampados, entidades patronais, como a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), e de trabalhadores, como a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (Fetaep), e movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), além do Incra, da Comissão Pastoral da Terra.

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Nos últimos dias, Serighelli reuniu-se com os juízes de Clevelândia, Francisco Beltrão, Palmas e Quedas do Iguaçu. Na próxima semana, se reunirá com o juiz de Cascavel. "Explicamos a situação de cada caso, a partir das negociações que realizamos e pedimos prazo para que possamos negociar saídas para o conflito. Queremos exaurir todas as possibilidades de solução negociada". Muitas dessas áreas já têm ordem de reintegração de posse emitida pela Justiça há dois, três e até quatro anos.

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A reforma agrária é de competência do governo federal e ao governo estadual compete a segurança. "Estamos conversando muito, para solucionar tudo da melhor forma possível. Esta é a política para o setor definida pelo governador Beto Richa", disse Serighelli. Pela nova política de governo, cada caso será exaustivamente negociado até que se revolva o problema. Serighelli afirmou que a reintegração de posse por via policial será deixada como último recurso.

Os casos que não tiverem solução negociada serão levados aos juízes, com o pedido de audiência pública, dando a última oportunidade para se resolver o problema sem o uso da força. "Não queremos mortes, nem atos violentos. Mas para isso é preciso que as partes em conflito entendam que cada um tem que ceder um pouco", cobra Serighelli. Para o assessor, as visitas mostraram que todos os lados envolvidos nos litígios têm boa vontade para solucioná-los pacificamente (com AEN).


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