Os temporais do início desta semana, os piores do ano até o momento, provocaram sérios danos às redes de distribuição de energia operadas pela Copel, obrigando a empresa a manter mobilizado nos últimos dias todo o seu efetivo técnico de emergência e manutenção para dar solução, no menor tempo possível, às mais de 11,5 mil ocorrências em todo o Paraná.
Entre o domingo (dia 6) e a quarta-feira (dia 9), os ventos fortes, descargas atmosféricas e granizo afetaram a normalidade dos serviços de eletricidade para cerca de 1 milhão de unidades consumidoras, por diferentes intervalos de tempo. Esse total inclui desde os domicílios onde as interrupções tiveram poucos segundos de duração até os casos particularizados de domicílios isolados, localizados em áreas rurais de difícil acesso e topografia acidentada, que tiveram de esperar até dois dias para que a rede elétrica pudesse ser reconstruída.
NOS OMBROS - Situações assim foram registradas, por exemplo, no interior dos municípios de Porto Vitória, Cruz Machado e nas cercanias do rio Tibagi entre Ponta Grossa e Ipiranga, onde a Copel teve de utilizar postes de fibra de vidro, que são mais leves, para reconstruir a rede elétrica. "Essa foi uma solução emergencial, pois não há acesso possível para os veículos chegarem aos locais atingidos", conta Ronald Ravedutti, diretor de distribuição da empresa. "Os postes precisaram ser carregados nos ombros pelos eletricistas".
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Em todo o Paraná, a Copel precisou substituir 322 postes danificados pelos ventos e por queda de árvores, além de 160 transformadores avariados. Uma frota de 936 veículos e mais de 1.500 pessoas entre eletricistas, técnicos, engenheiros, coordenadores e supervisores de operação permaneceram mobilizados durante a semana. "O trabalho e a dedicação desses profissionais deve ser enaltecido e elogiado, pois recompor a rede elétrica com rapidez, em circunstâncias adversas de clima e sempre observando os cuidados com a segurança não é uma tarefa simples", observa o diretor. "A Copel tem a eficiência como ponto de honra e seus eletricistas não descansam enquanto o último domicílio sem luz não estiver religado".
REGIÕES - Conforme levantamento realizado pela sua diretoria de distribuição, os temporais que se abateram sobre o Paraná a partir de domingo afetaram de maneira mais intensa as regiões oeste e sudoeste, onde 290 mil unidades consumidoras tiveram o fornecimento de eletricidade interrompido por algum tempo. Ao todo, 187 postes e 59 transformadores tiveram de ser substituídos. Os estragos mais significativos aconteceram na zona rural dos municípios de Guaraniaçu, Laranjeiras do Sul, Francisco Beltrão, Pato Branco, Clevelândia, Honório Serpa, Vitorino e Chopinzinho, locais em que muitos trechos da rede elétrica foram ao chão em conseqüência da queda de árvores.
A porção leste do Estado que compreende a Capital, sua Região Metropolitana e o litoral, também foi duramente atingida: 255 mil domicílios ficaram sem luz em algum momento e por intervalos variáveis entre o domingo e a quarta-feira, principalmente nos municípios situados ao norte de Curitiba como Campina Grande do Sul, Quatro Barras e Tunas. Precisaram ser trocados 59 postes, além de 16 transformadores avariados.
Nos municípios da região Centro-Sul, os danos foram igualmente sérios e a mobilização das equipes de emergência e manutenção da Copel acabou sendo bastante dificultada pelas precárias condições de acesso às localidades rurais atingidas. Em toda a região, o fornecimento a 181 mil unidades consumidoras foi prejudicado e a Copel contabilizou a troca de 60 postes e 50 transformadores. Os problemas mais graves foram registrados no interior dos municípios de Ponta Grossa, Ipiranga, União da Vitória, Porto Vitória e Cruz Machado.
Os efeitos dos temporais nas regiões mais setentrionais do Paraná (Norte Pioneiro, Norte Novo, Norte Novíssimo e Noroeste) também foram sentidos em 326 mil unidades consumidoras, mas os danos à rede elétrica foram significativamente menores. Em todos esses municípios, tiveram de ser substituídos 16 postes e 35 transformadores.