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Curitiba inaugura primeiro condomínio social do País

Adriana De Cunto - Folha de Londrina
26 mai 2014 às 20:11

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Trinta e sete pessoas que não tinham onde morar agora dividem um serviço inédito no Brasil, que foi inaugurado oficialmente hoje (26 de maio), em Curitiba. A República Condomínio Social, funcionando em caráter experimental desde janeiro, é destinado a apoiar pessoas que vivem nas ruas e que buscam reconquistar a autonomia e reintegrar-se à sociedade e ao mercado de trabalho. O espaço está localizado no bairro Mossungüê. Todos já têm emprego formal ou estão em vias de iniciar suas atividades. A ideia é que a gestão do condomínio aconteça de maneira compartilhada e, por isso, até o regimento interno está sendo construído em parceria entre os servidores da Fundação de Ação Social (FAS) e os moradores.

"É uma ruptura na trajetória da pessoa em situação de rua. Os moradores assumem responsabilidades e recuperam capacidades perdidas. Estamos apostando na vida, e não na gestão da miséria", disse Marcia Oleskovicz Fruet, presidente da FAS. De acordo com ela, o Condomínio Social tem como objetivo ser a última etapa no acolhimento e na trajetória de recuperação da pessoa em situação de rua. "Nossas unidades hoje atuam na abordagem, abrigamento e auxílio desta população. Mas sabíamos da necessidade de acompanhamento individual, diário e de criar a estrutura necessária para que as pessoas pudessem retomar a autonomia", disse.

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A solenidade de inauguração aconteceu no Salão de Atos do Parque Barigüi com a presença do prefeito Gustavo Fruet e da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. O depoimento do ex-morador de rua Francisco Andrade do Nascimento emocionou as dezenas de pessoas que participaram da solenidade. "Às vezes ficávamos na rua, perambulando, sem lugar pra ficar. E agora temos o Condomínio. Nossa casa, nossa cama fixa, como procurar nosso trabalho. É um renascimento. Eu nem acredito no quanto minha vida mudou em tão pouco tempo", disse.

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"Em geral a área social é a primeira variável de ajuste nos orçamentos. Por isso, Curitiba está de parabéns por ter tido a coragem de mostrar que a assistência social é investimento, é mudança, é crescimento. O projeto do Condomínio Social dá oportunidade para que a pessoa em situação de rua busque mais, uma vida melhor. Que seja um exemplo e um estímulo para todo o País", disse a ministra.

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O condomínio tem 18 apartamentos (com ou sem banheiro) com camas, guarda-roupas e cômodas. Há também espaços de convivência, cozinha comunitária, biblioteca e espaço ao ar livre. A limpeza e organização é feita pelos próprios moradores, em sistema de escala.


Os moradores do Condomínio são pessoas atendidas pelos serviços de acolhimento da FAS e foram selecionadas por se encontrarem em condições de autocuidado e de mobilização para o trabalho. A ideia é que a pessoa permaneça no local por no máximo dois anos. Durante este período, a equipe do Condomínio fará todo o acompanhamento e também auxiliará para que o morador dê entrada na documentação necessária para financiar sua moradia definitiva através da Cohab.

Entre os moradores está Marcelo Viana Garcia, 38 anos, que nasceu em Maringá e veio para Curitiba em 2008. Trabalhava sem carteira assinada e morava em uma pensão no centro da cidade, quando ficou doente e perdeu o emprego. Sem conseguir mais pagar pelo quarto, ficou dois dias na rua até procurar pelo Central de Resgate Social da FAS. Hoje, mora no condomínio e está entusiasmado com a possibilidade de voltar a estudar, tanto que se inscreveu para o Enem e sonha em cursar Antropologia. "Tenho sorte de participar desse projeto", afirma. Edilson Ramires dos Santos, 38 anos, e o irmão gêmeo Emerson também eram atendidos pelo Resgate desde que a mãe deles faleceu. Enquanto o irmão trabalha em um shopping da capital, Edilson está à procura de emprego. Ele tem experiência na área de comércio. "Eu quero comprar uma casa e deixar para trás tudo o que aconteceu", diz.


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