O governador Roberto Requião (PMDB) disse que vai acabar com a figura dos delegados ''calça-curta'' espalhados pelo Interior.
Nos municípios onde não houver um policial civil para ser nomeado, um policial militar poderá assumir o cargo.
Requião justificou que os delegados ''calça-curta'' não têm vinculação com a carreira policial e nem responsabilidade com a corporação.
Leia mais:
UEM aplica provas do PAS para quase 24 mil estudantes neste domingo
Itaipu celebra Dia Internacional da Onça-pintada
BR-376 em Sarandi será interditada neste domingo para obras do novo viaduto
Educação do Paraná prorroga prazo para matrículas e rematrículas na rede estadual
Os cargos comissionados que são repassados a esses delegados serão retirados.
Com mais cargos à disposição, Requião quer nomear os delegados de carreira para funções que ele considera estratégicas para a polícia.
Delegados ''calça-curta'' são profissionais da comunidade, sem formação profissional, designados para ocupar a função em municípios pequenos que não são comarcas. Na maioria das vezes, a indicação é política.
Na prática a indicação de um policial militar para ocupar o cargo de policial civil significa a oficialização da cooperação entre as polícias, disse o tenente-coronel Sílvio Santos de Moares Sarmento.
Requião também pretende nomear delegados de carreira para a administração das penitenciárias de Ponta Grossa e de Piraquara, que não estão funcionando por falta de pessoal.
O governador disse que não quer recorrer à privatização e nem a serviços terceirizados para ativar as penitenciárias.
Essas decisões foram adotadas quarta-feira, durante reunião no Palácio Iguaçu entre o governador, o presidente da Associação dos Magistrados do Paraná, Roberto Portugal Bacelar e o procurador-geral do Estado, Sérgio Botto de Lacerda, para discutir detalhes da Operação Mãos Limpas.
Essa operação será desencadeada em conjunto com o Judiciário e o Ministério Público como estratégia para combater o crime organizado no Estado.