O Instituto Ambiental do Paraná (IAP), em parceria com o Batalhão de Polícia Ambiental (BPFLO), garantiu um aumento de 54% no número de denúncias relativas a crimes contra a fauna e a flora, desde o último dia 23 de outubro quando foi promovida a operação Floresta Negra, que resultou na prisão de oito pessoas - entre elas três ligadas ao IAP – por crime ambiental.
Segundo informações do disque-denúncia da Força Verde – órgão criado para unificar os trabalhos do IAP com a Polícia Ambiental – somados aos emails de denunciantes enviados a Ouvidoria do Instituto, nas três primeiras semanas do mês de outubro ocorreram, em média, 85 denúncias semanais, contra 142 denúncias registradas entre os dias 23 a 31 de outubro.
"Isso demonstra que as pessoas se sentiram mais encorajadas a denunciar pelo fato do próprio IAP ter dado início às investigações. Estão chegando a cada dia mais denúncias e, todos os fatos com informações concretas serão investigados", declarou o presidente do IAP, Vitor Hugo Burko, reforçando que a contribuição da população é fundamental para conter os crimes contra o patrimônio ambiental do Estado.
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A maior demanda de denúncias registradas, na última semana, estão relacionadas ao corte de madeira em municípios localizados na região Sul do Paraná.
Burko antecipou que, em uma das últimas vídeos-conferências – promovidas para capacitar e informar todos os funcionários do IAP em Curitiba e nos 20 escritórios regionais no interior sobre novas ações, portarias e resoluções – o presidente e o secretário do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, definiram a adoção de medidas para acabar com possíveis desvios de conduta.
"Estaremos diminuindo o poder individual dos fiscais e aumentando o poder da entidade, ou seja, os técnicos não definirão tudo sozinho e sim em grupo. Autorizar e desautorizar determinadas ações o que possibilita distorções. A idéia é padronizar a conduto com transparência e definições coletivas como, por exemplo, em casos de autorizar ou desautorizar procedimentos que possibilitam distorções", declarou Burko.
Segundo ele, o IAP vai implantar um novo sistema de gerenciamento de processos que passará a funcionar ate o final do ano. "Serão relatórios diários sobre processos que acontecem em todo o Paraná, permitindo sua visualização rápida", explicou.
Para o comandante do Batalhão de Polícia Ambiental, tenente-coronel Sérgio Fillardo, a atuação da Força Verde (IAP e Polícia Ambiental) foi fundamental para garantir a credibilidade do trabalho prestado em campo pelas duas instituições. "O trabalho de fiscalização mostrou que realmente as denúncias estão investigadas", afirmou Fillardo.
A Operação Floresta Negra - realizada em conjunto com o Centro de Operações Policiais Especiais (COPE) - promoveu uma investigação sobre os procedimentos realizados pelo escritório regional do IAP em Ponta Grossa e ainda deverá indiciar outros 30 suspeitos. Na ação foi constatada a autorização ilegal para queima de uma área de 54 hectares e mais de 67 hectares de área cortada ilegalmente. No total, estas autuações resultaram em quase R$ 15 milhões em multas.
As denúncias sobre cortes de árvores, tráficos de animais silvestres, ou qualquer tipo de poluição, incêndio ou danos contra o meio ambiente podem ser feitas através do telefone 0800-643-0304 ou pela internet pelos emails [email protected] ou [email protected]. (AEN)