Ela canta desde que aprendeu a falar. Com três anos de idade começou a estudar violino e aos quatro fez seu primeiro recital solo, no Teatro do Paiol. Precoce e talentosa, a curitibana Diana Daniel, hoje com 14 anos, está construindo passo a passo uma sólida carreira como cantora e instrumentista dentro e fora do País. Um destes degraus será conquistado hoje à noite, quando se apresentará e será entrevistada por Jô Soares no palco do Guairão.
Apesar da pouca idade, ela com certeza terá muito o que contar ao público que deverá lotar o teatro. Um dos feitos mais recentes, por exemplo foi a conquista de duas medalhas de ouro e uma de prata no Campeonato Mundial de Artes, em Los Angeles (EUA), em que competiu com mais de mil pessoas de 33 países. Os títulos máximos vieram nas categorias Vocal Pop e Violino Pop, em que interpretou "Tico Tico no Fubá". A medalha de prata foi conquistada na categoria Vocal Ópera com a ária da Ópera "Carmem".
Foi com o canto lírico, aliás, que Diana começou sua promissora carreira e este é o seu estilo preferido até hoje. "O pop e a MPB são mais fáceis de interpretar e o retorno é mais rápido, já que a aceitação junto ao público é maior", comenta a artista. "Mesmo assim, eu ainda prefiro o lírico", diz.
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Em janeiro deste ano, Diana participou na Itália da festa que encerrou o Jubileu Papal. Na ocasião, a curitibana cantou e tocou violino para um público de 20 mil pessoas, no Vaticano. Há menos de um mês, outra conquista internacional: Diana se apresentou em Istambul (Turquia), como convidada da organização do concurso internacional Miss Globo.
Antes disto, no Reveillon, a jovem artista fez outra apresentação pública na Itália. Durante a mesma viagem, Diana conheceu o respeitado produtor italiano Nicola Onoratti, que se surpreendeu com o seu trabalho e se emocionou ao ouví-la cantar um trecho da ópera "Carmem".
Ainda nesta viagem, Diana também conheceu o baixista da banda da cantora Laura Pausini, Alfredo Paixão, além de ter participado como convidada de um show do grupo Swing do Bra, durante um jantar no restaurante Garota de Ipanema, em Roma. Durante sua recente estadia na Europa, ela participou ainda de workshops em Lisboa, Paris e Londres.
Estudante do 2º ano do 2º grau na Escola Internacional de Curitiba, Diana já começa a sentir as dificuldades da vida de artista. "Quando viajo para me apresentar, perco aulas", conta. "Foi uma mudança muito grande e rápida na minha vida, esta rotina é cansativo e muitas vezes estressante, mas compensa", garante.
Apesar de estar acostumada aos palcos desde criança, sua carreira deslanchou há menos de dois anos, quando foi aprovada num concurso para jovens solistas promovido pela Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Como prêmio, ela se apresentou cantando ao lado de tal orquestra.
Apoiada integralmente pela família, que a incentivou desde o início, Diana comenta que seu objetivo maior é hoje aprender cada vez mais e ganhar intimidade com os palcos. "Ainda não me preocupo os cachês, pois é meu pai quem cuida da parte financeira", diz.
A mãe pianista, o tio saxofonista e pianista e os avós amantes inveterados de ópera, segundo ela, foram seus grandes incentivadores. Quando tinha três anos de idade e começou a praticar violino, Diana morava em Umuarama, Noroeste do Estado. "Ninguém na cidade sabia o que era aquilo, violino era considerado um instrumento exótico", relembra. "Na época, eu cheguei a tocar no alto de um carro alegórico, numa comemoração de aniversário da cidade".
Estudante aplicada de canto e violino até hoje, Diana confessa que, muitas apresentações públicas depois, o nervosismo antes de cada show continua o mesmo. "Chego a ficar chata e mal-humorada de tanto nervosismo", confessa.
Hoje à noite, ela será assistida no Guairão por uma platéia de formadores de opinião da cidade, convidados especialmente para o evento. Além de Diana, serão entrevistados por Jô Soares algummas figuras folclóricas de Curitiba, como o "Oilman" e Donizete, a famosa vendedora de bilhetes de loteria na Rua das Flores, entre outros.