O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, disse neste sábado, em Cruzeiro do Oeste, que apóia a posição do governador Roberto Requião de reduzir ou acabar com a cobrança do pedágio nas rodovias do Paraná.
Segundo o ministro, o próprio Governo Federal está cancelando as novas licitações para a concessão de rodovias para a iniciativa privada.
"O atual modelo de concessão é uma experiência que não deu certo", argumentou. "Quando há investimento público antes da cobrança, como ocorreu no Paraná e em São Paulo, onde os exemplos são mais gritantes, a concessão se configura uma modelagem que não pode progredir no país, porque gera uma insatisfação muito grande".
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O ministro acrescentou que, no caso específico do Paraná, como há um pedido de encampação do pedágio pelo governo estadual junto à Assembléia Legislativa, é preciso aguardar o parecer dos deputados para que o Governo Federal assuma uma postura oficial. "Enquanto isso, é importante manter as negociações com as empresas".
O governador aproveitou o encontro para solicitar a José Dirceu que ajude na liberação de recursos das CRCs (Contas de Resultados a Compensar), dinheiro que o Governo Federal pode repassar aos Estados que investem em obras da União.
No caso do Paraná, os valores oscilariam entre R$ 600 milhões a R$ 1 bilhão. O governador lembrou que um exemplo é o investimento que o estado fez na duplicação na BR-376, de Curitiba até a divisa com Santa Catarina.
Requião também reforçou pedido para a conclusão da estrada da Boiadeira, no Noroeste do Paraná. Solicitou ainda que os R$ 256 milhões que o Governo Federal repassaria para a Usina de Figueira sejam transferidos para obras de melhoria na transmissão de energia elétrica. "A Usina de Figueira será fechada porque nos dá um prejuízo de R$ 27 milhões", argumentou o governador.
O ministro recebeu carta de prefeitos do Paraná com manifestações de apoio às reformas tributária e previdenciária.