O superintende da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, se reuniu na quinta-feira, por duas vezes, com cerca de 30 operadores portuários que representam as principais empresas exportadoras de soja pelo porto de Paranaguá para definir a melhor forma de retirar dos quatro armazéns toda a soja cujos testes apontarem como geneticamente modificada.
A proposta feita pela superintendente aos operadores é que toda a soja transgênica fique armazenada no silo público, também conhecido como "silão", e que deixe o porto de uma única vez através de navio ou caminhões, com data a ser previamente acertada entre a APPA e as empresas exportadoras.
O silo público tem capacidade de armazenar cem mil toneladas de soja e armazena hoje cerca de 20 mil toneladas do grão. Segundo o superintendente, "a intenção do Governo do Estado é fazer uma limpeza completa nos outros quatro silos de Paranaguá e deixá-los livres para receber a soja convencional".
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Segundo a Secretaria Estadual de Comunicação, na quinta, cerca de 200 caminhões aguardavam para descarregar soja convencional no porto.
Nesta sexta-feira, às 14 horas, os representantes voltam a se reunir com o superintendente para responder se as empresas aceitam a proposta e também para definir a estratégia que possibilite que toda a soja deixe o porto de uma única vez.
Na próxima terça-feira, Eduardo Requião e o vice-governador e secretário da Agricultura e Abastecimento, Orlando Pessuti, devem se reunir, em Assunção, com o presidente do Paraguai, Nicanor Duarte Frutos.
No encontro, Pessuti e Requião devem discutir com Frutos a questão do terminal paraguaio em Paranaguá que em 1996 foi terceirizada para a ADM Importadora e Exportadora.
Testes realizados até a tarde de quinta pelos fiscais da Empresa Paranaense de Classificação de Produtos (Claspar) e por agrônomos da Secretaria da Agricultura e Abastecimento (Seab) revelaram que cerca de 57 mil toneladas das 70 mil toneladas de soja estocadas no porto são transgênicas.
Desse total, cerca de 20 mil toneladas estão no silo público e o restante está armazenado em silos particulares. "Os testes devem conclusivos em todas as 70 mil toneladas devem estar concluídas na próxima semana", adiantou o presidente da Claspar, Eduardo Ferreira Baggio.