A quantidade de doações de órgãos no Paraná apresentou uma queda de 22% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Conforme dados da Central Estadual de Transplantes, de janeiro a julho foram realizadas 103 doações, contra um total de 132 em 2013. O principal entrave para que estes números aumentem, segundo constatou a Central, é a recusa familiar de possíveis doadores.
Na tentativa de reverter esta situação, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) lançou nesta semana uma campanha para estimular as doações de órgaõs e conscientizar a população sobre a importância de declarar para familiares e amigos a intenção de ser um doador. Com o slogan ''Doação de Órgãos - Fale sobre isso'' a campanha está utilizando um selo estilizado em formato de coração, que deverá ser anexado em embalagens de alimentos, sucos e refrigerantes, sacolas e pacotes de lojas e supermercados, entre outros. Para isso já estão sendo discutidas diversas parcerias com entidades para reforçar a importância do assunto.
Atualmente 2.200 pessoas estão na fila de espera por algum tipo de órgão no Paraná. E, segundo a coordenadora da Central de Transplantes, Arlene Badoch, a falta de informação ou o receio das famílias atrapalha o crescimento das doações. No primeiro semestre foram realizadas 327 notificações para doação de órgãos, mas em apenas 31% elas foram efetivadas (foram 103 doações e 224 negativas). Entre estas negativas, 89 foram em decorrência de recusa familiar; seguida de exames clínicos que detectam que não é possível uma doação (64).
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Arlene ressalta que a campanha é necessária para que a questão deixe de ser tratada como um tabu e se transforme em um assunto que possa ser debatido diariamente. ''Se a pessoa quer ser uma doadora ela deve deixar isso claro e comunicar os seus familiares, para que sua vontade seja respeitada. Entendemos que a morte é um momento triste e delicado, entretanto, uma doação pode salvar diversas vidas'', explica.