A jornalista Christina Mattos, chefe de reportagem da TV Coroados de Londrina, ligada à Rede Paranaense de Comunicação (RPC), recebeu ameaças de morte e foi retirada da cidade pela direção da empresa.
A suspeita da direção da emissora é que as ameaças podem estar relacionadas a uma série de reportagens denunciando um possível alinhamento de preços dos combustíveis na cidade.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Minerais, Roberto Fregonese, considerou ''um absurdo'' imputar a acusação aos proprietários de postos.
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Segundo o diretor de Jornalismo da RPC, Wilson Serra, a jornalista teria recebido telefonemas em casa alertando para que tomasse cuidado com a filha, de seis anos.
No domingo à noite, um carro começou a dar cavalo-de-pau em frente a sua casa. Quando ela foi ver do que se tratava, alguém teria dito para que ela deixasse de falar besteira, senão seria ''apagada''.
Serra disse que telefonemas foram gravados e a fita entregue ao Ministério Público. ''Donos de postos que baixaram o preço estão sendo ameaçados e deduzimos que as ameaças venham da mesma área'', afirmou.
Como faz na emissora que a RPC tem em Curitiba, a de Londrina começou há um mês estampar na tela o endereço do posto que oferece o menor preço. Serra disse que a atitude continuará.
''Primeiro, porque não sabemos se a ameaça vem realmente desse setor e, segundo, porque iria mostrar medo'', justificou.
O Sindicato dos Jornalistas de Londrina divulgou uma nota de repúdio, em que diz que ''tudo leva a crer'' que as ameaças decorrem das reportagens ''sobre o grupo de empresários que tenta instituir na cidade o alinhamento nos preços dos combustíveis''.
O presidente do sindicato de postos, Roberto Fregonese, disse que ''se houver evidências'' precisam ser apontadas. ''Eu não acredito que alguém do segmento faça isso, mas se houver provas, essa pessoa será expurgada e deve ir para a cadeia'', afirmou.
Segundo ele, entre as prisões de donos de postos que ocorreram na cidade, há ''muita injustiça e coisas mal esclarecidas''.