O número de acidentes de trânsito cresceu 6% no Paraná, no último ano: saltou de 41,3 mil, em 2009, para 43,8 mil, em 2010. Alta considerada preocupante, resultado do aumento na imprudência e na negligência dos motoristas. Somente no ano passado, os acidentes envolvendo automóveis, ônibus, caminhões e motos, fizeram 56 mil feridos e mais de 2 mil óbitos.
Para reduzir estes índices, o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) deve retomar os investimentos em ações educativas e já prepara um programa de educação permanente, com metas definidas de atuação e resposta. "Acreditamos que os investimentos na conscientização, de crianças a jovens, garante responsabilidade e respeito no trânsito no futuro", disse o diretor-geral da autarquia, Marcos Traad.
O resultado de campanhas de alerta e prevenção pode ser dimensionado pela queda apresentada no número de acidentes registrados nas estradas e vias urbanas, mesmo não sendo elas as únicas responsáveis pela redução.
Leia mais:
Ibiporã continua à espera de ambulatório veterinário
Homem é preso com peixes e patas de capivara em Operação Piracema em Jaboti
Veículo de Londrina se envolve em colisão com morte em Ibaiti
Apucarana promove formatura de curso de formação em Libras
Em 2008, por exemplo, o Detran contabilizou 45,6 mil acidentes de trânsito. No ano seguinte, houve redução de 9,4% nestes números, depois de uma intensa campanha de conscientização organizada pela iniciativa privada.
O que fazer
Quando o acidente envolve vítimas, o primeiro passo é acionar uma equipe para atendimento. O condutor que se negue a prestar ou providenciar socorro pode ser notificado. "Esta é uma infração gravíssima, que prevê multa de R$ 957,70 e sete pontos na carteira de habilitação", alerta o tenente Silvio Cordeiro, chefe da comunicação do Batalhão de Polícia de Trânsito, em Curitiba.
Se não há vítimas e a polícia não é acionada, é preciso fazer o boletim de ocorrência, onde constam todas as informações sobre o acidente. È necessário apresentar o documento do veículo (CRLV) e os documentos pessoais do condutor. Para quem mora na Capital, a orientação é procurar o Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran). No interior, é possível fazer esse registro em uma unidade da Polícia Militar.
Quando o veículo envolvido no acidente é bloqueado por um agente de trânsito, seja por pequenos, médios ou grandes danos, o proprietário deve comparecer a uma das 101 Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans) ou a um dos 211 postos de atendimento do Detran para regularizar a situação. Se o acidente é de grandes proporções, o veículo fica inutilizado para circulação.
Nestes casos é preciso levar os documentos originais do veículo, documentos pessoais e comprovante de residência do proprietário, além da nota fiscal dos serviços prestados e certificado de segurança veicular e vistoria, que são expedidos por uma instituição licenciada pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
Seguro
Toda vítima de acidente de trânsito tem direito ao Seguro DPVAT, que garante o recebimento de indenizações, mesmo que os responsáveis pelo acidente não arquem com os custos e prejuízos que devem. As indenizações são administradas única e nacionalmente pela seguradora Líder.
Segundo o diretor presidente da empresa, Ricardo Xavier, o procedimento para o recebimento do seguro pelas vítimas de trânsito é simples e não é preciso usar intermediários para fazer o pedido de indenização. "Basta apresentar os documentos na seguradora de sua escolha, no prazo de três anos, a contar da data da ocorrência do acidente", destaca. No Paraná, são 118 seguradoras credenciadas, sendo 39 delas em Curitiba.
Casos que envolvem danos físicos é necessário o registro de ocorrência, os documentos pessoais da vítima, comprovante de residência, comprovante das despesas médicas, relatório das descrições médicas e o boletim do primeiro atendimento médico-hospitalar, além do comprovante de pagamento do Seguro DPVAT, caso a vítima seja o proprietário do veículo.
O valor da indenização é de R$ 13.500 no caso de morte, até R$ 13.500 nos casos de invalidez permanente, variando conforme o grau da invalidez. O reembolso de despesas médicas e hospitalares comprovadas pode ser de até R$ 2.700.
Saiba mais no site www.dpvatseguro.com.br, ou pela Central de Atendimento 0800 022 1204.