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E agora, iG?

(Ponto-com)
27 abr 2001 às 17:27

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Quando os provedores de acesso gratuito surgiram, no início de 2000, havia quem dissesse que isso significava o fim do serviço pago. Não demorou muito e o mercado desbancou essas previsões. Com a velocidade que surgiram, os provedores gratuitos foram praticamente varridos da Internet brasileira. São exemplos: Gratis1, Super11 e até a NetGratuita, do Brasil Online (BOL), que tinha ninguém menos do que o Universo Online (UOL) por trás. Fecharam as portas, simplesmente porque as despesas eram muito superiores às receitas e os investidores decidiram não pagar mais esse ônus.

"É preciso compreender que houve uma mudança nesse mercado e hoje a Internet grátis somente sobrevive porque tem, por trás, as empresas de telefonia, além dos bancos, que, para reduzir os custos de suas transações, dão acesso à rede por meio de seus portais", diz Luciana Hayashi, analista do Yankee Group. Segundo ela, o exemplo mais recente é a própria Telemar, que comprou o acesso do iG. Luciana é enfática ao afirmar que o acesso gratuito, como no ano passado, não faz mais sentido.

Mas ainda há que resista nesse mercado, a exemplo do Internet Group (iG). Prova disso é que em março último, durante uma palestra para 350 executivos em Florianópolis, no fórum de Endeavor - uma organização internacional sem fins lucrativos, que reúne empreendedores de várias áreas em países em desenvolvimento - , Nizan Guanaes, presidente do portal afirmou categoricamente: "A empresa chegará ao break even a partir de maio deste ano". Aproveitou ainda para apresentar o novo logo da marca, em que o vermelho dá lugar a um azul-turquesa. "A partir de maio, tudo estará azul no iG", prosseguiu. A analogia pegou alguns executivos de surpresa, acostumados a ouvir boatos de que o provedor não ia assim tão bem das pernas.
Mais do que impressionar, a declaração deixou uma dúvida no ar: conseguirão Nizan e sua mascote atingir o equilíbrio de contas assim, da noite para o dia? "Todo mundo já esperava um superdiscurso porque o Nizan é o que pode se chamar de showman. Mas o que muita gente quer saber é o que estão fazendo para conseguir o break even em tão curto espaço de tempo", questiona um executivo que assistiu à apresentação.

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Na verdade, a maior parte dos boatos sobre o iG que hoje correm pelo mundo da Internet resulta de sua própria política de silêncio. Mais um exemplo? Analistas de mercado calculam que o provedor gaste em média 4 dólares ao mês para manter cada usuário. Levando-se em conta o número de internautas ativos, a empresa gastaria 8 milhões de dólares mensalmente para manter tal base - ou pouco mais de 17 milhões de reais. Para se ter uma idéia do que isso significa, para cobrir mensalmente esse gasto o portal precisaria vender em média 445.000 buquês de rosas. Sem comentar assuntos como esse, o iG não só deixa de desmontar essa equação como gera ainda mais conversa.

Essa é apenas uma das várias perguntas que o mercado faz sobre o iG, empresa de capital fechado que tem como principal acionista o GP Investimentos, e que geralmente não divulga nada além do que o total de usuários - segundo o portal, hoje são 4 milhões cadastrados, 2 milhões dos quais ativos e espalhados em 89 cidades brasileiras.

Outra questão envolve a venda do acesso grátis para a Telemar, uma transação de 40 milhões de reais, assinada em 20 de março e ainda contestada por acionistas minoritários, que apresenta alguns pontos obscuros. "Legalmente, não há problema no que foi divulgado. As informações dadas ao mercado, porém, ficaram muito abaixo do esperado, principalmente em relação a Telemar, cujo capital é aberto", afirma Regina Ribeiro do Valle, sócia da área de telecomunicações da Tozzini, Freire, Teixeira e Silva Advogados.

Segundo a assessoria do iG, nenhum executivo da empresa comentaria a declaração de Nizan. Já a Telemar informou que seu diretor de negócios corporativos, Julio Pina, que fala em nome da empresa, não tinha agenda. O iG vai mesmo alcançar o azul? "Ninguém se arrisca a prever esse acontecimento", diz outro executivo que esteve em Florianópolis. "Mas também não dá para duvidar, sobretudo vindo de Nizan Guanaes. É esperar pra ver."

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