A eficácia do Cartão Saúde está sendo colocada sob suspeita. A diretora do Sindicato dos Servidores da Rede Estadual de Saúde (Sindisaúde), Dori Tucunduva, diz que o sistema informatizado da Secretaria Municipal da Saúde não é compatível com o cartão magnético, que acessa todo o prontuário médico dos pacientes. Segundo ela, o problema estaria sendo causado porque uma empresa produziu o cartão e outra criou o sistema de informática.
O número de cartões (782 mil) que a prefeitura garante ter entregue à população também é visto com desconfiança. "Até pouco antes do segundo turno das eleições (29 de outubro), a secretaria ainda estava informatizando o sistema. É muito cartão para pouco tempo", diz Dori.
Para ela, a municipalidade deveria ter aprofundado a discussão sobre a implantação do projeto em fevereiro de 1999. "Ao mostrar que queriam sair na frente, acabaram cometendo falhas." A assessoria de imprensa da prefeitura contesta o sindicato, informando que o sistema funciona sem problemas. De acordo com a assessoria, o sindicato se preocupa com um sistema que vem agilizando o atendimento a 782 mil segurados do Sistema Único de Saúde (SUS).
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Dezenas de cartões Saúde, sem o nome dos titulares, foram encontrados com moradores de Almirante Tamandaré, Região Metropolitana de Curitiba, conforme a Folha mostrou na edição de ontem. Os moradores disseram que uma quantidade maior de material teria sido incinerado no município há mais de um mês.
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Curitiba garantiu que os cartões não foram comprados pela municipalidade. A assesoria diz que a empresa Cardtech, que fabrica os cartões, teria ficado com um lote antigo, que acabou incinerado. A empresa informou que não incinera os cartões. Eles são picados na prórpia Cartech, em Pinhais, na RMC. Ontem, a reportagem tentou novo contato com a Cardtech para esclarecer o assunto, mas ninguém foi localizado.