Candidato único, José Hipólito da Silva foi homologado como presidente da seção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Paraná. A subseção de Curitiba será comandada pelo advogado Renato Kanayma, candidato da chapa XI de Agosto.
Por volta das 18h40, Kanayama foi declarado o vencedor. Ele recebeu 4.411 votos contra 2.258 do candidato adversário, da chapa OAB Independente, Adilson Lass.
No geral, as eleições transcorreram em clima de tranquilidade. No Salão de Atos do Parque Barigui, onde ocorreu a votação em Curitiba, as filas foram constantes durante todo o dia. O único incidente ocorreu no início do dia, quando dezenas de advogados esperavam que as urnas eletrônicas fossem abertas.
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"Gerou uma certa confusão, os advogados acharam que poderiam votar antes de irem ao trabalho e começaram a fazer fila. Mas as votações iniciaram apenas às 10 horas. Eles tiveram que esperar", contou o presidente da OAB-PR, Edgard Luiz Albuquerque.
As eleições para a chapa estadual foram uma espécie de homologação. Apenas a chapa XI de Agosto concorreu neste ano. Foram eleitos, além de José Hipólito da Silva, para a diretoria da seccional, os advogados José Tadeu Saliba (vice-presidente), Manoel Antônio de Oliveira Franco (secretário-geral), Ivo Harry Celli Júnior (secretário-geral adjunto), Luiz Alberto Rego Barros (tesoureiro).
Para a diretoria da Caixa de Assistência dos Advogados do Paraná foram conduzidos os advogados Antônio Sebastião da Cunha Gebran (presidente), Michel Saliba Oliveira (vice-presidente), Antônio Sérgio Lopes (secretário-geral), Priscila Ferreira Blanc (secretária-geral adjunta), Maurício Monteiro Teixeira (tesoureira).
A eleição da OAB para a subseção de Curitiba teve o bate-chapa de dois grupos. A chapa XI de Agosto e a chapa OAB Independente. Entre as principais propostas apresentadas pelas chapas estão a construção de um fórum em Curitiba, luta pela implantação do Tribunal Regional Federal e a organização de defensoria em todas as comarcas. A idéia mais polêmica, entretanto, ficou por conta do novo presidente da Ordem.
Em entrevista à Folha, há cerca de uma semana, José Hipólito defendeu a implantação de uma "quarentena" para impedir que juízes, promotores e delegados aposentados se valham da influência obtida durante o exercício profissional para advogarem, depois de devidamente desligados do poder público. O tempo médio da "quarentena" defendida por José Hipólito é de cinco anos.