O trecho de 4,2 quilômetros do Rio Iguaçu, entre o Zoológico do Parque do Iguaçu e a foz do Rio Miringuava, em Curitiba, está com aproximadamente 10 mil toneladas de lixos e entulhos em seu leito. Essa é a projeção feita pela Superintendência de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa) que começou um mutirão para a limpeza dessa área.
O trabalho será feito em dois meses e a primeira etapa será a retirada de pneus, pedaços de móveis e garrafas plásticas que estão na superfície.
Uma das principais causas dessa poluição é a urbanização das margens do Rio Padilha, que corta a vila São Pedro e os bairros Sítio Cercado e Bairro Novo. "A maioria desse material é jogado pela população que mora à beira do rio. As pessoas separam o que lhes interessa e depois jogam no rio o que atrapalha provocando situações como a atual", disse José Luiz Scroccaro, diretor de engenharia da Suderhsa.
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Para Alessandro Macan, 25 anos, a sujeira na superfície do rio passou a ser uma fonte de renda. Juntamente com um grupo de colegas ele separa garrafas plásticas para revendê-las. "É uma forma de garantir algum trocado. Há dez dias que eu comecei a fazer esse trabalho e tem dado certo", afirmou. Segundo ele, existe a possibilidade de recolher também os pneus, que seriam vendidos a uma revendedora por até R$ 4,00 a unidade.
A limpeza dessa área do Rio Iguaçu faz parte das comemorações do Dia do Rio, que teve início com a assinatura dos três protocolos de intenções envolvendo parcerias entre Estado, empresas públicas e prefeituras.
"Com a implementação das políticas de recuperação do ambiente contaremos com o apoio da sociedade. Para isso teremos ações de revitalização, manejo de bacias, urbanização e relocação de famílias que ocupam áreas de invasão ou fundos de vale", disse o secretário estadual do Meio Ambiente, José Antônio Andreguetto.